Casal reforma Pajero para viajar 26 dias e chegar ao “fim do mundo”
Depois de 8 meses transformando veículo, casal fez viagem dos sonhos e se encanta com as lembranças
Janio Wanilton de Oliveira é suboficial da reserva da Base Aérea e Maria Moura Borba de Oliveira é arquiteta. Ele sempre gostou de viajar de carro, ela de avião. Por isso, um dos sonhos do marido era ser dono do próprio tempo na estrada e curtir uma viagem independente com a esposa pelo mundo. Foi então que planejaram uma experiência inesquecível.
Juntos tiveram a ideia de viajar de carro até o Ushuaia, sonho de muitos viajantes, também conhecido como “Fim do Mundo” ou “Tierra Del Fogo”, devido às fogueiras para se aquecer no frio.
A viagem não foi de motorhome, mas de overland, veículos preferencialmente 4x4 adaptados para atender os viajantes com tudo o que é necessário para sobreviver na estrada. Janio e Maria ficaram 8 meses transformando uma Pajero. “A meta era ter um veículo como apoio que possibilitasse ficar e dormir em qualquer lugar do trajeto”, conta Maria.
O hotel só seria opção caso cansaço tomasse conta em algum trecho da viagem. Afinal, o veículo tem isolamento térmico e até placa solar, e também ganhou o nome carinhoso de Capixaba, já que o casal comprou o carro no Espírito Santo.
Nessa preparação, Maria confessa que ficou apreensiva. “Eu nunca tinha acampado antes, imagina dormir em um carro. Porém, pensando na parceria, estava disposta a encarar mesmo achando que seria um pesadelo. No entanto, ao mesmo tempo, vi a dedicação e o cuidado dele em preparar o veículo, e isso me fez acreditar que tudo era possível”.
Os dois até cogitaram instalar barraca no teto do carro, mas o custo e os ventos patagônicos o fizeram abandonar a ideia.
Depois do carro pronto, eles decidiram partir e curtir uma viagem de 26 dias. De Campo Grande até a Patagônia Argentina e Cordilheira dos Andes foram 14 mil quilômetros rodados, com planejamento de percorrer 26 quilômetros por dia.
No trajeto o casal se deparou com guanacos, lobinhos, lebres e outros animais que passavam correndo e não dava tempo de registrar. “A viagem iniciou em dezembro e finalizou janeiro, que é um dos meses mais quentes da Patagônia e mesmo assim pegamos 2 graus e assistimos um princípio de neve no Ushuaia.
A rota de volta ao Brasil, Rota 40, era a mais aguardada, devido às características peculiares que marcaram a viagem. “Algumas cidades marcaram a nossa memória, como Trelew, uma cidade arqueológica onde foi descoberto restos do maior dinossauro do mundo, a cidade El Calafare no caminho da Rota 40, onde visitamos a geleira Perito Moreno, que já foi considerada a oitava maravilha do mundo, também ficou na história”.
Quanto aos perrengues, Maria diz que foram poucos. “Uma breve confusão com a sinalização das vias, algumas horas nas fronteiras e o cuidado com os dias para retorno, afinal, eu precisava voltar ao trabalho”.
Com a viagem e boas memórias, o casal provou que é possível tirar umas férias e curtir de um jeito inesquecível. “Na volta para casa surgiram planos para a próxima aventura. Adquirimos uma van para o próximo sonho que é uma viagem pela Carreteira Austral, em solos chilenos”, finaliza.
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