Feira Central vai celebrar 100 anos em 2025 com quatro meses de festa
A Feira Central de Campo Grande, um dos principais pontos turísticos e culturais da capital sul-mato-grossense, completa 100 anos em 2025. Para celebrar, será realizada uma programação especial ao longo de quatro meses, destacando a rica história, a gastronomia e a tradição que tornaram o local um símbolo da cidade.
A presidente da Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande, Alvira Appell, ressaltou a importância da feira e do centenário. “Este é um momento histórico para Campo Grande. A Feira Central nasceu nas ruas, cresceu junto com a cidade e se firmou como um espaço de encontros, de preservação cultural e de desenvolvimento econômico. As comemorações reforçam o papel da Feira como patrimônio da nossa identidade”, afirmou.
A Feira teve início no centro da cidade, reunindo pequenos comerciantes e imigrantes, especialmente japoneses, que trouxeram consigo sabores e tradições que ajudaram a moldar a identidade do local. Um dos maiores símbolos dessa influência é o sobá, prato típico que conquistou gerações e se tornou referência gastronômica na região. Ao longo dos anos, a Feira se estabeleceu na antiga estação ferroviária, onde permanece até hoje, preservando sua essência e expandindo suas atrações.
Sobre a programação
As celebrações do centenário trarão uma combinação entre tradição e inovação, com eventos que incluem apresentações culturais, exposições fotográficas, rodas de conversa e festivais gastronômicos. Entre os destaques, está o Festival do Sobá, que em 2025 chega à sua 18ª edição. Segundo Alvira Appell, o festival é um dos momentos mais esperados: “O Festival do Sobá celebra a nossa identidade e é uma forma de valorizar a culinária regional, além de fortalecer a economia local”.
Além disso, o Festival do Peixe será realizado em abril, reunindo grupos de diversas regiões do país para atividades como pesca esportiva, caiaque e turismo de aventura. A iniciativa reforça o potencial do Mato Grosso do Sul como destino sustentável, promovendo práticas ecológicas e incentivando o ecoturismo.
Entre as novidades do centenário, está o uso da tecnologia para ampliar o acesso à história da Feira Central. Por meio de transmissões ao vivo, reportagens especiais e conteúdos multimídia, um canal digital contará a trajetória do espaço, com relatos de feirantes, moradores e pesquisadores. A proposta quer conectar gerações e reforçar a relevância da Feira como um patrimônio.
A chefe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Mato Grosso do Sul, Maristela França, destacou a importância da iniciativa: “A Feira Central representa um espaço de memória e identidade cultural. Ao unir tradição e tecnologia, garantimos que sua história continue sendo contada e valorizada pelas próximas gerações”.
A reunião para definição da programação contou com a participação de representantes do Iphan/MS, Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Sebrae/MS, Convention & Visitors Bureau de Campo Grande, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS/NUAC) e outros parceiros estratégicos.
