No 1º dia de shows dos 40 anos de criação de MS, 3 mil pessoas vão ao parque
Teve show de Delinha, Geraldo Espíndola, Zé Pretim, Almir Sater e muitos outros na noite de ontem
A comemoração dos 40 anos de criação de Mato Grosso do Sul aconteceu em grande estilo ontem, no Parque das Nações Indígenas. Foram mais de 20 artistas no palco, todos sul-mato-grossenses para mostrar a versatilidade e pluralidade musical do Estado. Teve sertanejo raiz, MPB, rock e blues. Segundo a Polícia Militar cerca de 3 mil pessoas compareceram ao evento.
As apresentações começaram pouco depois das 17 horas, com o sertanejo raiz de músicos que são bem conhecidos por aqui, como Delinha e Tostão & Guarani. Além deles, tocaram Beth e Betinha o sanfoneiro Dino Rocha e Elinho do Bandoneon.
“Achei muito legal ter um grande show como este, assim podemos conhecer melhor a cultura de nosso Estado, além de mostrar para quem não tem muito acesso a ela, tem bastante crianças aqui e muitos não sabem quem são nossos músicos”, acredita a administradora Adriana Torraca , que curtia as apresentações e até cantava várias músicas com a amiga Cristiane Merighe, também administradora.
Após o primeiro bloco do show, foi a vez de outros estilos no palco. Rolou muito show regional com Geraldo Espíndola, Zé Pretim, Grupo Acaba, Thamires Tannous e e quem fechou a noite foi o violeiro Almir Sater.
Cada um, antes de Almir, fazia uma apresentação singela, tocavam somente uma música para que todo mundo pudesse tocar. Isso não impediu que todos mostrassem bastante energia e animasse quem foi para curtir o show. “Estou achando muito legal essa reunião de músicos daqui, tem muitos estilos, pessoal da velha geração e da nova, dá para perceber que eles estão gostando também”, avalia Cristiane.
Os músicos estavam bem animados, principalmente quem ainda não tem uma carreira muito extensa, como Thamires Tannous, que está com 29 anos. “Estou tocando no meio de meus ídolos, estou numa emoção imensa, é um sonho. Todos eles representam muito bem a cultura e a tradição daqui”, afirma. “Sei que são vários estilos diferentes que todos representam aqui, mas há um ponto que conecta todos os artistas de nosso Estado, você sabe que a música é de Mato Grosso do Sul”, pontua.
Já os mais antigos estavam em clima de festa e de amizade, teve até homenagem de um pra outro, como o bluesman Zé Pretim cantando a música “Vida Cigana” de Geraldo Espíndola, “Quando cheguei aqui no Estado conheci a banda Luz Azul que era dos irmãos Espíndola e os vi tocando essa música e me apaixonei por ela. Hoje não teria uma forma melhor de mostrar minha paixão por Mato Grosso do Sul do que cantá-la”, ressalta.
O autor da canção achou a homenagem ótima. “A gente se conhece há muito e gostei muito da representatividade dele com a música, ele cantou com muito swing, deu seu toque, ficou ótima”, enumera Geraldo.
A apresentação final foi uma das mais esperadas, fazendo todo mundo vibrar e muitos até cantar junto com Almir. Ele agradeceu bastante por estar ali e tocou durante cerca de uma hora. “Estarmos todos reunidos aqui mostra como nosso Estado é um celeiro da música nacional, temos uma grande versatilidade musical e músicos de qualidade e todos estamos aqui para comprovar isso”, frisa.
As assistentes administrativas Luiara Freitas, de 24 anos e Linayanne Batista, de 27, não conheciam todos os músicos, mas acharam a iniciativa muito boa. “A gente é mais nova, não conhecíamos alguns cantores que se apresentaram aqui e agora estamos tendo esta oportunidade. Podia ter shows assim todo ano”, finaliza Luiara.
Hoje (12) os shows continuam no Parque das Nações Indígenas, a partir das 17 horas com apresentação de baterias de várias escolas de samba de Campo Grande e na sequência músicos, como Bibi do Cavaco, Gideão Dias e Juci Ibanez para relembrar os sucessos do gênero. Depois é a vez dos músicos que fazem rock, reggae, pop e reggae, como Ju Souc, Beget de Lucena, Vinil Moraes e Marina Peralta. O show de encerramento fica por conta do pernambucano Alceu Valença.