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Diversão

Para reunir a turma que faz dança de salão, festa tem clima dos tempos de escola

Aline Araújo | 19/05/2015 06:45
O tema dessa festa foi Black e White (Foto: Fernando Antunes)
O tema dessa festa foi Black e White (Foto: Fernando Antunes)

Na falta de lugares para dançar como antigamente, eles resolveram fazer a própria festa. Na pista, o DJ toca os ritmos mais variados, para agradar todo mundo, do samba à lambada, do forró ao bolero. E ninguém fica parado, já que todos ali sabem muito bem dançar. São alunos e professores dos cursos de dança de salão da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Para entrar, é preciso contribuir com "um prato de salgados" e levar a sua bebida, como nas festinhas de colégio. A ideia mesmo é confraternizar e já virou tradição. São três encontros por ano, desde 2005.

Cada um leva um quitute para colocar na mesa.(Foto: Fernando Antunes)
Cada um leva um quitute para colocar na mesa.(Foto: Fernando Antunes)

Quem dá força para a tradição não parar é o coordenador do projeto, Leonardo Lopes da Silva. Ele é acadêmico de Educação Física e descobriu na dança uma profissão. “Eu danço há três anos. Quando entrei na faculdade, vi que o curso tinha uma matéria de dança, eu não dançava nada! Eu não tinha um norte do que seguir, foi quando eu entrei para o projeto e não parei mais”, relata.

A ideia não é ter lucro, então nada é vendido no evento, e cada baile tem um tema. No último, no sábado passado,o figurino era preto e branco.

Todo mundo entra no clima e contribui. A noite também serve para integrar quem já passou pelo projeto com quem ainda está em uma das 11 turmas, 5 delas de nivel básico e 6 de avançado.

Por ser um projeto de extensão da UFMS, é aberto a comunidade, mas é preciso ficar atendo. As inscrições são feitas na página do projeto, uma semana antes do inicio das aulas, e costumam esgotar em poucos dias.

No salão vários ritmos. (Foto: Fernando Antunes)
No salão vários ritmos. (Foto: Fernando Antunes)

Luciana Almeida, de 30 anos, saiu do curso em 2013, mas continua frequentando a festa para dançar. “Eu queria aprender para ir aos bailes, e sempre participo porque é muito bom, todo mundo colabora”, conta.

Na sede de ADUFMS, a associação de docentes da universidade, os ritmos vão mudando e o pessoal se reveza na pista. Outros pares são formados e a dança continua. É claro, também rola paquera! Mas tudo com muito respeito, a primeira intenção sempre é de dançar.

Leonardo coordena o projeto.
Leonardo coordena o projeto.

“É uma festa de confraternização do pessoal da dança e o legal é que aqui tem muito respeito, cavalheirismo, não que não tenha paquera, mas o objetivo de quem vem é dançar, não tem briga e é muito divertido”, conta a professora de Educação Física, Ozeania Lima, de 35 anos.

Mesmo despretensiosa e com a cara de encontro entre amigos, a festa ao longo dos anos ganhou papel importante na vida dos bailarinos de Campo Grande, sejam eles profissionais ou não. É um momento de fortalecer o trabalho.

“É muito bom, você conhece pessoas e isso é fundamental para fortalecer a dança no Estado. E por ser colaborativo, ele quebra o jeito dos outro bailes”, comenta Rafael Souza, de 21 anos, que é professor de dança.

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