Semana do artesão começa nesta terça com diversas homenagens
A 16ª Semana do Artesão 2024 começa nesta terça-feira com abertura no Bioparque Pantanal, a partir das 15 horas. Na ocasião, será feita homenagem aos artesãos que se destacaram em sua história com o artesanato e será lançada a filial da Casa do Artesão no local. Após as homenagens, haverá apresentações culturais de Bella Donna Trio e Ana Paula Ferreira e Matheus Violino. A cerimônia é aberta ao público.
Um dos homenageados deste ano, o mestre artesão ceramista Cleber Ferreira de Britto, começou no artesanato em 1994, é uma tradição familiar. “Tudo começou pelo meu tio que iniciou nesta área do artesanato, modelagem em cerâmica bichos do pantanal, e desde então eu faço esse artesanato, olhando ele modelar, passar seus conhecimentos, e assim eu comecei e decidi ficar nesta área porque eu me apaixonei pelo artesanato. E desde então nunca parei. São 30 anos nesta área e eu me encantei com a modelagem, com a fauna pantaneira e decidi ficar nessa área”.
E hoje toda a família de Cleber participa da confecção dos bichos do pantanal, sua esposa, seu filho e sua irmã também. “Eu tenho passado meus conhecimentos e temos feito bastante oficinas pela Fundação de Cultura para passar esta arte para frente, através de projetos também, pelo FIC, tenho levado o que a gente sabe, nossas técnicas, para as outras pessoas. Tem muitas pessoas que fizeram a oficina e hoje vivem também do artesanato, e isso vai nos incentivando cada vez mais a fazer os projetos, a fazer oficinas para que as pessoas tenham também este conhecimento de modelagem, pintura, dos bichos do pantanal”.
Outra homenageada, Cláudia Castelão tem sua história com o artesanato contada por meio da Flor de Xaraés: “Em 2000 eu conheci uma lenda da Flor Pantaneira e nesta lenda conta que a natureza, para poder provar a força deste amor, o amor pantaneiro, ela criou uma flor com três elementos, terra, ar e água, onde ela pegou resistência da madeira, a suavidade de uma brisa e as pétalas foram moldadas pelas águas pantaneiras. E essa história que eu fiquei apaixonada e fui saber mais um pouco dela, e que na minha pesquisa eu percebi que é uma referência sobre as flores perenes do nosso cerrado e pantanal sul-mato-grossense”.
Olinda Virgílio, homenageada em memória, morava na aldeia Alves de Barros, município de Porto Murtinho (Tribo Indígena Kadiwéu). Morreu aos 65 anos. Começou a ter contato com o artesanato desde criança, mas profissionalmente aos 15 anos de idade. Além de artesã, Olinda foi colaboradora de pesquisas, entre elas, a de Raquel Duran, Jaime Siqueira e outros. Seu forte era as cerâmicas Kadiwéu, mas também produzia cestos e toalha de mesas e desenhos nas camisetas.
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