Amada na infância, parada de mão é exercício que ajuda o corpo e a mente
Um dos exercícios mais básicos da arte circense, a parada de mão pode ser um recurso para melhorar o condicionamento físico.
Aquela pirueta ou cambalhota da infância fez todo sentido em uma aula de “parada de mão” no fim de semana. De Londrina, a Companhia Palhaços de Rua foi uma das atrações da Temporada do Chapéu que leva teatro e arte circense para as ruas da cidade, por isso, resolveram estender a alegria para ensinar em uma escola de yoga um dos exercícios mais básicos da arte circense: a parada mão.
“Consiste em basicamente em desenvolver o equilíbrio para a lógica da inversão do corpo, ficando na posição invertida do corpo, de cabeça para baixo usando apenas as mãos. Mas há diversos tipos de paradas de mão em diversas posições. Mas para alcançar isso é preciso treino, concentração e respiração acima de tudo”, explica o palhaço Adriano Gouvella, de 32 anos.
No fim de semana, Adriano e o companheiro de arte circense, ensinaram as técnicas básicas de parada de mãos aos alunos. Boa parte dos participantes já tinham sintonia com as técnicas de yoga o que facilitou na hora da pratica das atividades, embora a parada exija ainda mais esforço físico.
Uma atividade que só parece simples, mas tem um efeito benéfico para o corpo, explica Adriano. “Além de alcançar um condicionamento físico, ficar de cabeça para baixo por alguns segundo aumenta a irrigação do cérebro, também treina o equilíbrio, traz uma consciência corporal e, sem dúvidas, é uma excelente atividade para ganho de consciência da tonicidade corporal”.
A aula é demorada porque o início é marcado por série de alongamentos e exercícios de respiração. “Essa preparação é muito importante para dar suporte ao aluno quando ele for treinar a parada. E é muito importante ajudar o aluno nesse primeiro momento a chegar na posição invertida, para trazer segurança e garantir que os movimentos sejam realizados da maneira correta”.
Dentre as inúmeras paradas de mão, os professores iniciam com a que parece mais simples, em que todo o corpo está na posição invertida, em linhas gerais, de cabeça para baixo. E isso pode ser feito, primeiramente, apoiando a cabeça no chão.
Uma perna à frente da outra, inclinar o tronco à frente, flexionando um pouco a perna da frente, basta apoiar a cabeça no solo. Em seguida, lançar as pernas alternadas e estendidas para trás e para o alto, primeiro a que estava mais atrás, depois a outra, unindo-as no alto. A perna que foi laçada primeiro desce na frente, em direção ao solo, acompanhada logo a seguir da outra. “Se sentir desequilíbrio, queixo para o peito e joelhos para dentro para terminar com o movimento com uma cambalhota”.
Aos 39 anos, a advogada Milena de Barros Fontoura, encarou o desafio pela primeira vez. Ela pratica ashtanga yoga todos os dias, há dois anos, e busca sempre aprimorar as técnicas. “E isso tem sido muito bom pra mim, não só para o corpo, mas para mente e para vida. Lidar com os desafios no tapete nos prepara também para as dificuldades, por isso, eu sempre quis fazer a parada de mão. Foi um desafio, mas adorei a aula”, descreve.
É importante destacar que caso o aluno não tenha confiança para realizar o movimento, é preciso ter o apoio de outra pessoa, especialmente, um profissional.
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