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Aos 16 anos, Zé está cego e surdo, mas mantém manias de um doguinho vovô

Evento de prevenção neste sábado aferiu pressão e glicemia de cães acima dos 7 anos

Danielle Valentim | 28/04/2019 07:25
Apesar da idade avançada, Zé está saudável. (Foto: Henrique Kawaminami)
Apesar da idade avançada, Zé está saudável. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com ou sem raça definida a idade do cão chega e os cuidados devem ser cada vez maiores. Os problemas – pode acreditar – são os mesmo enfrentados por um ser humano idoso. Dezenas de cãezinhos foram levados pelos tutores para testes de glicemia e aferição da pressão arterial no 3º Dia do Cão Idoso, entre eles, o “Zé” de 16 anos.

O fato de um cão viver mais ou menos está sujeito a vários fatores. A única regra, de maneira geral, é que quanto maior um cão menos ele vive.

Nara conta que ele tem de fazer um "ninho" com o cobertor para dormir. (Foto: Henrique Kawaminami)
Nara conta que ele tem de fazer um "ninho" com o cobertor para dormir. (Foto: Henrique Kawaminami)

De pequeno porte, “Zé” mora em apartamento e foi levado ao shopping pelos tutores Nara Elisabete Schmalz e Carlinhos Kovalsk. Para a felicidade dos donos, o animal passou nos testes e não entrou em lista de cães com enfermidades em potencial, isso porque o evento não oferece diagnósticos, apenas suspeita de que algo esteja errado.

Zé é calminho, mas é sistemático até para dormir, bem coisa de velhinho. “Ele tem mania de rodar, rodar e rodar até formar um ninho e deitar confortável. Ele sempre faz isso. Outro jeito dele dos últimos anos é a vontade de ficar próximo da gente, principalmente, quando estamos no quarto”, conta.

“Ele já tem todos os horários de comer, fazer as necessidades. E como moramos em apartamento sempre descemos com ele e lá em casa nós somos em cinco, dá para dividir as tarefas”, pontua Nara.

(Foto: Henrique Kawaminami)
(Foto: Henrique Kawaminami)
(Foto: Henrique Kawaminami)
(Foto: Henrique Kawaminami)

Os testes que auxiliam na prevenção da hipertensão arterial e diabetes, duas doenças silenciosas eram gratuitos. Para participar, o animal precisava estar em jejum alimentar oito horas para o teste de glicemia.

Os proprietários que não puderam levar seu cachorros ou que a idade era inferior a sete anos, puderam sanar dúvidas e obter recomendações sobre os cuidados, os sinais clínicos e a prevenção dos males.

(Foto: Henrique Kawaminami)
(Foto: Henrique Kawaminami)

Já os tutores de cachorrinhos que foram considerados suspeitos de alterações foram orientados a buscar consulta com um profissional.

Mesmo sendo “filho” de uma veterinária, “Drake” de 12 anos passou pelos testes do evento.
Laíse Couto Miranda de 24 anos conta que o cão já está com a visão prejudicada, mas está saudável.

Drake já perdeu aquela energia toda da juventude e de um jeitinho pacato também coleciona manias de um vovô, entre elas, o “come e dorme”, pontua Laíse.

(Foto: Henrique Kawaminami)
(Foto: Henrique Kawaminami)

Entre as doenças mais comuns no avanço da idade: a doença periodontal, que causa infecções e até perda de dentes, obesidade, artrite, hipotireoidismo, câncer, diabetes e hipertensão.

A professora de Medicina Veterinária, da disciplina de clínica médica de pequenos animais, Dina Régis explica que os testes são sugestivos.

“Não se trata de uma consulta. A gente faz a aferição de hipertensão porque ela pode ser secundária ou cardíaca ou renal, mas não damos o diagnóstico. Dos atendimentos, em dois animais a glicemia estava normal, mas a pressão está elevada. Sugerimos ao dono que levado ao veterinário. Vale lembrar que os sintomas dessas doenças nos animais são iguais a de um ser humano idoso”, esclareceu.

Em edições anteriores, alunos e professora realizam mais de 150 atendimentos.

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Confira a galeria de imagens:

  • (Foto: Henrique Kawaminami)
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