Aos 78 anos, Basílio não só corre 10 km como continua garantindo pódio
Colecionando medalhas e troféus há 20 anos, o aposentado se prepara para correr a São Silvestre
“Eu não corro só por ganhar, eu corro é para me superar sempre”. Exemplo de que idade não é empecilho, Basílio Santana de Oliveira chegou aos 78 anos colecionando medalhas de maratonas. Treinando todos os dias, o aposentado reforça que há 20 anos começou a correr e, desde então, vem tentando ser melhor para si mesmo.
Na sala de casa, medalhas e troféus tomam conta das estantes e até as paredes são compostas por lembranças das corridas. Orgulhoso de ter vencido mais uma vez em sua categoria na maior prova de rua do Centro-Oeste, a Corrida de Reis em Cuiabá, o atleta conta que é feliz por contar sua idade.
Atribuindo a saúde às caminhadas e corridas diárias, Basílio explica que começou a se apaixonar pelas correrias quando estava próximo de sua aposentadoria. “Eu comecei caminhando nas estradas e aos poucos fui correndo. Antes disso eu jogava bola, sempre gostei de me exercitar, mas acabei me dedicando mais para as corridas”.
O aposentado narra que com o passar do tempo começou a aprender algumas técnicas para avançar mais rapidamente e, desde então, foi melhorando seus percursos. Enquanto no início ele não pensava em participar de competições, detalha que hoje não perde uma sequer.
Eu já participei muitas vezes da Corrida de Reis e já fui até para a Rosa Shock em São Luís do Maranhão. Sempre que tem aqui em Campo Grande eu participo, é só ter o valor para pagar as coisas que vou, conta Basílio.
Seja em Campo Grande ou em outras cidades, o aposentado explica que gosta de correr por se divertir e pensar em sua saúde, mas que garantir o pódio também faz parte da alegria. “Tenho umas tantas medalhas e várias delas é por pódio. Tem dias em que você fica desanimado, mas não pode pensar assim. A gente precisa tentar melhorar e continuar se superando”.
Um dos exemplos de como usa a persistência nas corridas chega a parecer brincadeira do aposentado, mas ele garante que a cena realmente aconteceu. “Eu estava na corrida Rosa Shock e fiquei tonto, acabei caindo. Me ralei e o Samu veio para me atender. Aos poucos fui levantando e uma pessoa passou do nosso lado contando que o homem que costumava ganhar na minha categoria estava para trás, mas vindo”.
Continuando com a história, ele detalha que com a ajuda de outro colega, decidiu continuar a corrida mesmo com os machucados. “Fui indo de pouco em pouco até que terminei a corrida. Depois, esperando para ver os resultados, eu tinha conseguido ganhar do cara que sempre ganhava. Fiquei feliz demais”, diz.
Tomando como exemplo as alegrias que teve pelas ruas, Basílio completa que agora mantém os treinamentos diários para realizar um sonho: participar da Maratona de São Silvestre.
“Se tudo der certo, vou participar. O grupo da minha academia vai, então vou aproveitar para ir também”, conta Basílio.
Explicando sobre como mantém a saúde em dia, ele argumenta que além das caminhadas diárias, também segue uma rotina de musculação. “Eu gosto bastante e sempre tento ajudar outras pessoas. Sempre dá para começar a praticar, eu mesmo comecei de verdade quando estava aposentado. É o que eu digo, se superar”.
E, além das medalhas, ele ainda acrescenta que uma das felicidades mais recentes foi receber moção de congratulações da Câmara de Vereadores. Por ter vencido a última edição da corrida em Cuiabá, Basílio foi homenageado pelo vereador Otávio Trad.
"Fui homenageado e até camiseta sendo parte dos destaques das corridas eu tenho. Garanti uma para mim e para meu neto", completa orgulhoso.
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