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Apesar do 6º mês de gestação, Gislaine pega firme no crossfit para manter ritmo

Thailla Torres | 08/06/2018 08:00
Gislaine continua pegando peso, mas reduziu em 62% a intensidade. (Foto: Eloisa Fossat)
Gislaine continua pegando peso, mas reduziu em 62% a intensidade. (Foto: Eloisa Fossat)

Grávida de 6 meses, Gislaine Fonseca Alves da Silva, de 30 anos, tem força e rotina inimagináveis para algumas mães. Desde que descobriu a gravidez no início do ano, ela não deixou de lado o crossfit, modalidade que pratica desde 2014.

Logo que começou o pré-natal, pediu à ginecologista para continuar treinando e preparar o corpo para a chegada do bebê, prevista para setembro. “A médica me liberou, desde que eu diminuísse cargas e intensidades”, explica.

Com autorização médica e acompanhamento profissional de personal trainer e fisioterapeuta, Gislaine treina todos os dias. As atividades são supervisionadas tanto pelo personal quanto pelos colegas de treino, que curiosos admiram como uma mulher grávida encara pesos e movimentos tão intensos.

Mas o que é difícil para alguns, tornou-se rotina para Gislaine. "Sempre tive uma gestação saudável e o crossfit já fazia parte da minha vida. Se eu tivesse uma vida sedentária e quisesse pegar o peso que pego hoje na gravidez, a história seria bem diferente".

No sexto mês de gestação ela parece radiante com os exercícios. (Foto: Eloisa Fossat)
No sexto mês de gestação ela parece radiante com os exercícios. (Foto: Eloisa Fossat)

O corpo de Gislaine está acostumado com altas instensidades, ela conta. "Atualmente reduzi meu nível de treinamento, mas sempre estive preparada para uma atividade de alta intensidade, com levantamento de peso e consciência dos limites do meu corpo".

Para não exagerar, ela diminuiu em aproximadamente 62% o peso durante as atividades. "Nas costas, por exemplo, eu sei que consigo pegar 40 kg, mesmo grávida. Mas só pego 15 kg, justamente porque os movimentos são intensos e para evitar qualquer acidente", revela.

Aliado ao peso, Gislaine também diminui alguns exercícios de impacto, o salto na caixa e corda. "Isso eu não faço porque são movimentos de impacto e eu corro o risco de cair. Um acidente como esse pode ser prejudicial ao bebê".

Essa é segunda gestação de Gislaine que já é mãe da Geovana, de 2 anos. "Na gravidez dela também fiz crossfit, inclusive, exercícios até três dias antes do nascimento. Corri na sexta e ela nasceu na segunda-feira, muito saudável e de parto natural".

O desejo é o mesmo a espera do filho Eduardo. "Quero estar com meu corpo e mente preparados para mais um parto humanizado", explica ao lembrar que 26 dias depois do nascimento da primeira filha, ela saiu de casa direto para a academia.

Tudo é feito com orientação médica e supervisão de seu personal. (Foto: Eloisa Fossat)
Tudo é feito com orientação médica e supervisão de seu personal. (Foto: Eloisa Fossat)

Com a rotina de exercícios, Gislaine decidiu compartilhar sua experiências nas redes sociais e, óbvio, gerou críticas e não cansa de ouvir que sua decisão é perigosa para o bebê. Mas ela não teme em explicar a quem questiona. "Ao mesmo tempo recebo muita coisa bacana e incentivo. Para quem discorda, eu explico que tudo é feito com muito cuidado e orientação. Nenhuma mãe pode simplesmente sair fazendo academia sem um acompanhamento médico. Eu também não saio falando isso", explica.

Ponto de vista - Vale dizer que o exercício físico não é proibido nessa fase da gestação, porém é necessário cuidados. "O exercício físico é muito importante para a gestação, desde que a mulher não tenha alguma restrição específica. Quando ela tem um bom condicionamento físico pode continuar suas atividades de rotina, embora seja necessário adaptações no treino", explica a ginecologista Francelli Nadalin.

Não seguir as observações médicas, pode ser um risco a saúde da mulher e do bebe. "No primeiro trimestre devemos evitar exercícios de alta intensidade que podem aumentar muito a temperatura corporal e os batimentos cardíacos. De uma forma geral, também deixar de lado exercícios de impacto e a carga deve ser de leve a moderada", pontua Francelli.

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