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Aproveitando as férias, chegou a hora de encarar o desafio do rapel na cachoeira

Descer a Cachoeira do Inferninho de Rapel é certeza de adrenalina para quem está procurando o que fazer nas férias.

Gustavo Maia | 04/01/2019 08:32
Rapel na Cachoeira do Inferninho é alternativa para quem quer um programa ousado pra essas férias. (Foto: Reprodução/Facebook)
Rapel na Cachoeira do Inferninho é alternativa para quem quer um programa ousado pra essas férias. (Foto: Reprodução/Facebook)

Se você ainda não conseguiu encontrar seu programão para essas férias, nem no circo, nem na dança, o Lado B tem outra dica. Dois grupos de Campo Grande, o Vertical Rapel e o Trilha Extrema, começam o ano encarando uma aventura: descer a Cachoeira do Inferninho fazendo rapel. Além de ter uma boa dose de adrenalina, de brinde você ainda renova suas energias em contato com a mãe natureza, numa das cachoeiras mais visitadas de Campo Grande.

A atividade do Vertical Rapel vai acontecer no domingo, dia 13, na parte da tarde. O professor de educação física Gilberto Gomes, de 31 anos, é o instrutor do grupo e conta que desde 1999 é escoteiro, por isso sempre esteve envolvido com esportes de aventura. Hoje ele é pós graduado em recreação e lazer. Além disso, para se tornar instrutor de rapel, fez cursos específicos na área, que o habilitaram a passar a técnica adiante.

Adrenalina é garantida para quem escolher superar o medo. (Foto: Reprodução/Facebook)
Adrenalina é garantida para quem escolher superar o medo. (Foto: Reprodução/Facebook)

No rapel ele dá uma instrução básica aos aventureiros, onde repassa um conhecimento suficiente para a pessoa descer com segurança. Segundo Gilberto, o público que procura esse tipo de atividade é bastante diverso: “vem todo tipo de gente fazer rapel, até empresas que querem motivar seus funcionários procuram a gente”, conta. Ele também explica que não há qualquer limitação que impeça alguém de praticar rapel, seja de idade, de mobilidade ou de peso. “Tem um senhor de 67 anos que participa com a gente, não tem limite pra isso. Até cadeirante já desceu, pessoas sem uma perna ou algo assim, nada impede”, esclarece ele.

Sobre o medo que dá na hora de enfrentar a descida, o instrutor diz que é natural, mas nesses três anos de atuação da Vertical Rapel, Gilberto só viu duas pessoas desistirem da aventura na hora de descer. E para quem acha que mulher é o sexo frágil, ele revela: “quase 80% das pessoas que fazem rapel é mulher. Ali na hora a gente vê que o homem é na verdade mais medroso que a mulher porque elas sempre descem primeiro. É difícil homem descer primeiro”.

No domingo o grupo se encontra em frente ao DETRAN, na saída para Rochedo. O encontro está marcado para as 13h. Para participar, basta se inscrever pelo site e pagar a taxa de R$60. Para mais informações, é só visitar a página do evento ou ligar para 9326-0404 e falar com o Gilberto.

Quem faz a primeira vez, quer descer mais vezes. (Foto: Reprodução: Facebook)
Quem faz a primeira vez, quer descer mais vezes. (Foto: Reprodução: Facebook)

E se você já estava pensando em usar a velha desculpa do futebol de domingo para não encarar o desafio, nós temos uma solução. Outro grupo que também vai fazer rapel na Cachoeira do Inferninho no domingo é o Trilha Extrema, porém, na parte da manhã. A atividade está marcada para as 8h e deve acontecer até o meio dia.

O casal Mellânie Freire, de 37 anos e Cristevan Veloso, de 39, são os responsáveis pelo Trilha Extrema, que começou atuando apenas com trilhas, há quatro anos, e depois passou a oferecer rapel. Ela, contadora e ele publicitário, tinham seus empregos e só trabalhavam com rapel aos finais de semana. Mas há um ano eles decidiram deixar largar o trabalho e viver só de aventura.

Mellânie explica que inicialmente o rapel era apenas uma parte da escalada, usado pelos escaladores para descer, mas acabou virando uma modalidade de aventura à parte, como o montanhismo e a tirolesa. Hoje a modalidade rapel é utilizada não apenas para lazer, mas em várias atividades, como é o caso do resgate e da infiltração, usados por bombeiros, policiais e até pelas Forças Armadas.

Guia acompanha quem é inexperiente ou der uma travada na hora H. (Foto: Divulgação)
Guia acompanha quem é inexperiente ou der uma travada na hora H. (Foto: Divulgação)

A instrutora conta que boa parte do que eles sabem hoje, foi repassado por meio de cursos que eles fizeram com bombeiros militares, que trazem de São Paulo novas técnicas, materiais e equipamentos. “Existem várias modalidades de rapel: com água, sem água, de ponta cabeça, em grande altura, sem o apoio da parede, entre outras. Antes a gente dava uma aula completa pra todo mundo, mas as pessoas chegavam na hora de descer e esqueciam tudo por causa do medo. Hoje a aula é individual, porque tem gente que nunca fez e tem gente que já desceu várias vezes”, explica Mellânie. Se o participante mostra muito medo ou é inexperiente, tem direito a um acompanhante na descida, um guia que vai explicando passo a passo o que fazer até chegarem lá embaixo.

“Para a pessoa superar o medo, a gente vai junto explicando cada detalhe, dando as orientações, encorajando. E depois a pessoa quer descer 10 vezes. Pouca gente diz ‘isso não é pra mim’, a maioria volta, quer fazer de novo. E vai todo tipo de gente fazer rapel, de todas as áreas - advogado, funcionário público, dentista - tem médico que é viciado”, brinca ela.

Andressa Lima não tem a perna esquerda, mas isso não a impediu de encarar o desafio. (Foto: Arquivo Pessoal)
Andressa Lima não tem a perna esquerda, mas isso não a impediu de encarar o desafio. (Foto: Arquivo Pessoal)

O Trilha Extrema também oferece rapel para cadeirantes, pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida. “Nada disso impede a pessoa de se aventurar. A gente já desceu várias pessoas com mobilidade reduzida, já descemos até cadeirante. A gente designa um guia para descer junto, é só a pessoa já colocar essa informação na inscrição dela”. Também não há limites de idade para participar, mas menores de 12 anos só descem acompanhados por um guia.

A dica que a instrutora dá é não ter medo de viver novas experiências, de se desafiar, e aproveitar a chance de começar o ano de um jeito diferente. E ela garante que depois da primeira vez, você não vai querer parar mais: “a primeira vez é pra perder o medo. Na segunda a pessoa já consegue curtir mais, ver o que tem ao redor, apreciar a paisagem”.

O grupo vai se encontrar lá na Cachoeira do Inferninho às 8h no domingo. A inscrição também custa R$ 60 é feita pelo site do Trilha Extrema. Em caso de dúvida, é só ligar para 98111-6300 ou acessar a página do evento no Facebook.

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