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Cinco meses sem carne e as 10 coisas que aprendi com o vegetarianismo

Obrigada a ir para a cozinha, percebi que ninguém se importa com o vegetariano num churrasco

Danielle Valentim | 24/01/2020 06:23
Na foto, poso com filés de carne bovina, suína, de frango e peixe. Carnes que ficaram no passado. (Foto: Kísie Ainoã)
Na foto, poso com filés de carne bovina, suína, de frango e peixe. Carnes que ficaram no passado. (Foto: Kísie Ainoã)

Carne assada, frita, cozida, desfiada, de boi, porco, peixe ou frango. Se tem uma coisa que eu achava que não vivia sem, era a carne. No dia 20 de agosto de 2019, um churrasco em família foi minha última refeição não-vegetariana. Nesses cinco meses, muita coisa se confirmou, mas outras tive de penar para me adaptar.

Aos 28 anos, eu Danielle, com sérios problemas de constipação me acompanhando desde a adolescência, minha única opção foi mudar de vez a alimentação. Olhando para a geladeira de casa, que mais parecia o confessionário do Big Brother Brasil, expliquei para mim mesma, que a eliminação da carne naquele dia não tinha nada a ver com afinidade, mas com a minha sobrevivência no jogo.

Mesmo lendo e assistindo muitas coisas sobre o novo modo de vida (sem carne) percebi e aprendi lições que poucas pessoas te avisam. Mas como eu não sou todo mundo compartilho com vocês algumas experiências.

Por que? Esse é o primeiro tópico e o campeão. Você terá de explicar para a família, amigos, colegas de trabalho e até para estranhos na rua porque não come carne. Já acostumei e para não prolongar a conversa sempre digo que é por pena dos bichos!

Você será obrigado a ir para cozinha – Mesmo morando com mamãe, que é meu caso, você terá que ir para a cozinha. A sua família não abrirá mão do bife pela berinjela à milanesa. É claro, que mamis sempre me ajuda e já coloca meus brócolis no vapor e vira e mexe prepara as ervilhas num arroz colorido, mas não se iluda: O vegetariano é você!

Ninguém se importa – Isso ninguém, ninguém mesmo, me contou. Imagine ter que se alimentar antes de ir para o churras dos amigos? Isso, praticamente, é regra se você não quiser comer apenas mandioca ou pão de alho. Pode parecer “mi, mi, mi”, mas para novatos (como eu) chateia muito. Afinal, são seus amigos e eles não estão nem aí.

Comece aos poucos – Eu comecei de uma vez, mas aconselho começar com a “segunda sem carne”. Até você se adaptar com as substituições dos alimentos, como o ferro da carne por ferro vegetal do grão-de-bico, ervilha, lentilha, agrião, espinafre e diversos outros alimentos. Você precisa conhecer seu corpo. Tive muitos picos de fraqueza até acertar.

Voltei a ir ao banheiro – Esse é meu preferido e percebi nos PRIMEIROS DIAS. Sempre fui aquele tipo de pessoa, que demorava de dois a três dias para fazer o “2”. Morria de inveja de pessoas com o “reloginho” em dia. “Ah, mas tem que comer fibra, tem que tomar iogurte, tem que tomar água”. Eu fazia tudo isso e nunca resolveu. A minha constipação estava ligada ao alto teor de ferro da carne vermelha, o que dificultava minha digestão. Vivia “enfezada”.

Vontade de comer uma carninha continua – Não tem mágica, principalmente, quando você está faminto e passa perto de uma churrascaria. Já me disseram que isso ameniza com o tempo, mas vou ter de esperar acontecer.

Vegetariana periférica – Ah, mas é tudo caro! Vegetarianismo é coisa de quem tem dinheiro! Sim, se você não investir em si mesma. Por isso, voltamos ao primeiro tópico: Você terá de ir para a cozinha. Você sempre comeu arroz e feijão. A partir de agora, no lugar da carne, comprará mais frutas, legumes e castanhas.

Calça fechando – E não é por emagrecimento. O inchaço sumiu. Sempre ficava muita inchada e não sabia porque. Tudo culpa da indigestão.

Cara lavada – O fim do consumo da carne e o aumento das verduras e frutas limparam meu rosto que vivia "espinhoso" e manchado. A boa alimentação elimina mais toxinas que você imagina.

Tudo bem se voltar a comer – Reduza. Coma duas vezes por semana. E se quiser, elimine a carne novamente. Somos livres.

Todo o meu relato é baseado em experiência particular, o texto acima não dispensa acompanhamento médico ou com nutricionista.

Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563 (chame agora mesmo).

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