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Com tanta oferta de adoçantes, nutricionista fala sobre diferenças na compra

Thailla Torres | 09/10/2018 08:35
Tem opções naturais e artificiais, mas o uso deve ser moderado e aliado a uma alimentação saudável.
Tem opções naturais e artificiais, mas o uso deve ser moderado e aliado a uma alimentação saudável.

Há uma diversidade de adoçantes nas prateleiras do supermercado e empórios da cidade. A dúvida é qual escolher e o que cada um significa. Tem gente que pensa na caloria, outros utilizam por uma questão de saúde, mas nutricionistas alertam para uso desenfreado do produto, afinal, eles também são feitos com substâncias químicas.

Os adoçantes dietéticos tem doçura sem possuir sacarose, que é o açúcar, na composição. São elaborados para atender às necessidades de pessoas com restrição a carboidratos simples, os diabéticos.

A nutricionista Bruna Rodrigues Martins é quem explica as diferença e o porque deve ser usado em pequenas quantidades. “Os adoçantes são feitos por edulcorantes, que são as substâncias químicas responsáveis pelo sabor adocicado e normalmente possuem um poder adoçante muito superior ao da sacarose. É necessária, portanto, uma quantidade menor para obter a mesma doçura”, diz.

Não faltam sugestões nas prateleiras dos supermercados.
Não faltam sugestões nas prateleiras dos supermercados.

Mas na hora de ir às compras, qual escolher? Há opções artificiais e naturais. O mais conhecido entre os artificiais é o aspartame que custa a partir de R$ 16,99 no supermercado. “Este tem poder adoçante 200 vezes maior que o açúcar e contém 1,3 calorias em 10 gotas”, diz Bruna.

A Sacarina é outra opção artificial, que custa menos e não possui calorias a partir de R$ 7,99 . “É uma substância derivada do petróleo e tem poder adoçante 300 vezes maior que o açúcar”.

Outra opção sem caloria é ciclamato de sódio também usado como adoçante de mesa, em gomas de mascar, bebidas, congelados, refrigerantes, geleias e sorvetes.

Já o acessulfame K é derivado do potássio e seu uso é para portadores de doenças renais. “Ou outras doenças cujo tratamento deve restringir o consumo de potássio e não possui calorias”, explica a nutricionista.

Entre os naturais, normalmente, encontramos nos mercados o estévia e sucralose. Que chegam a custar de R$ 24,99 a R$ 74,99 a embalagem com 500g de adoçante. “O estévia é extraído de uma planta conhecida como stevia. Não tem contra indicação, com poder adoçante 180 vezes e não possui calorias. Já a sucralose é uma molécula modificada da sacarose (açúcar). Embora com gosto de açúcar, não é reconhecida pelo organismo como um hidrato de carbono e, por isso, tem zero calorias. É uma alternativa para quem está tentando reduzir o açúcar”.

Nos empórios alguns são vendidos a granel como o xilitol e eritritol. “O xilitol pode ser encontrado em frutas, vegetais e cogumelos. Possui sabor adocicado, que se equipara ao da sacarose e tem 2 calorias por grama. O eritritol é um edulcorante natural amplamente encontrado em vegetais como aipo, cebola e beterraba”.

Uma das opções naturais.
Uma das opções naturais.

Por causa do poder adoçante e baixas ou nenhuma caloria as pessoas foram introduzindo o adoçante no dia a dia e até muitos em alimentos, “Porém o uso recomendado é para pessoas que não podem consumir açúcar”, diz a nutricionista.

Cuidados - Mas é possível optar pelo adoçante, mesmo sem nenhum problema de saúde, mas para isso é preciso quantidades adequadas. “O ideal para pessoas saudáveis é uma alimentação mais natural. O que vemos hoje é que as pessoas abusam do açúcar juntamente com uma alimentação desregulada e sedentarismo. Então o melhor a se fazer seria diminuir o consumo do açúcar de mesa, ou até mesmo eliminá-lo em algumas situações”.

Bruna explica que incluir produtos light e diet na dieta, também pode não ser tão saudável assim. “Existem alguns estudos em desenvolvimento que dizem que o uso excessivo de alguns tipos de adoçante podem causar cáries assim como o açúcar, ter efeito laxativo, ser prejudicial para hipertensos ou até problemas futuros como ajudar a aumentar o risco de câncer”.

O mito de que adoçante não engorda também é descartada. “Alguns adoçantes possuem sim calorias. Então pensar somente sobre “engordar” por estar substituindo o açúcar pelo adoçante é um mito”.

Consumido em grande quantidade, durante várias refeições e várias vezes ao dia, o resultado não será como esperado. “No final do dia haverá uma grande quantidade calórica acumulada. Ou seja, só o adoçante no lugar do açúcar, sem um estilo de vida alimentar saudável, ninguém terá resultados desejados”.

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