Com viseira, máscara temática é saída para proteger criança de vírus
Para fazer a criançada usar máscara na Capital, Brenda apostou na criatividade e transforma os pequeninos em heróis
A epidemia do coronavírus continua em Campo Grande e é preciso garantir que as crianças estejam protegidas. Por isso, Brenda Patelli aposta na confecção de máscara temática com viseira para a garotada se vestir de herói e enfrentar o vírus.
“Comecei a produzir máscara após minha irmã, que trabalha no hospital, dar a ideia. Isso foi no início da epidemia e teve bastante procura”, conta. Brenda é empresária e faz com confecções de fantasias para festas infantis, porém desde que o vírus se espalhou, teve de achar outra saída para continuar trabalhando.
“Faço fantasias infantis há 4 anos e trabalho com festas há 12. Gosto de trabalhar com crianças porque elas sonham e me deixam criar, sempre tem uns detalhes que querem ter no pedido e fazem a imaginação fluir”, diz.
As máscaras são recomendadas para crianças acima de dois anos. Contudo, se é difícil para um adulto usar a proteção, imagina para os pequeninos. “As mães reclamavam que os filhos não queriam usar, mas como faço fantasias, decidi unir isso e pensei na máscara temática com viseira”.
Brenda aproveitou o isolamento e fez pesquisas na internet para tirar a ideia do papel. Com a ajuda de sua mãe, passou a confeccionar as máscaras de personagens infantis. “Ficou atrativo, fui se reinventando. Pesquisei o tecido melhor para usar de acordo com o site do Ministério da Saúde”, lembra.
As máscaras são de tricoline, com tecido duplo, 100% algodão. “Essas têm mais opções de estampas. São feitas sob encomenda, através do WhatsApp (67) 9 9803-2045. Se for apenas máscara simples a pessoa recebe no dia seguinte ou se for com viseira leva dois dias para receber”, fala.
As opções de máscara com viseira temática são: Batman, Hulk, Homem Aranha, Flash, Capitão América, Mario, Pikachu, Mulher Maravilha, As Meninas Super Poderosas e até Minnie. Além disso também teve os personagens da Patrulha Canina, Sonic e unicórnio.
Criatividade é o que não falta para Brenda na hora de colocar a mão na “massa”. As máscaras com viseira custam R$ 40,00 e é preciso tomar alguns cuidados para preservar em boas condições.
“É aconselhável usar por até duas horas, depois os pais podem lavar normalmente. Na parte da viseira tem um botão para retirar a folha de acetato. Limpe o tecido com sabão neutro, depois passe ferro quente. A viseira pode ser esterilizada com álcool”, explica.
Brenda comenta que tem um molde padrão de idades, mas quando recebe o pedido, os pais costumam enviar fotos para ajudar na produção. “Vendo a imagem, faço conforme o perfil da criança, mas se ficar muito larga ou apertada posso reajustar”.
Recomendações – A pediatra Camilla Dias explica que as máscaras são indicadas para crianças acima de dois anos. Isso porque, de acordo com Sociedade Brasileira de Pedriatria a Academia Americana de Pediatria, as vias aéreas delas são menores e, às vezes, elas produzem mais secreção e salivam muito, o que atrapalha o uso.
“Como a máscara deve ser bem acoplada no rosto, o risco é maior por conta da via aérea. Fica um tecido na frente e viram que isso pode dificultar a respiração e oxigenação. Os menores não têm habilidade motora suficiente para tirar a proteção, então o risco de sufocamento é maior”, explica a médica.
Além desses pequeninos, quem também não podem usar máscaras as crianças que têm paralisia cerebral ou doença neuromuscular. “Porque já elas já têm dificuldade para respirar e isso potencializa o problema respiratório delas”.
As crianças acima de três anos podem usar, mas a pediatra afirma que é preciso supervisão dos pais. “Nunca deve deixá-los sozinhos com a máscara, sempre o pai ou a mãe colocar e retirar a proteção, conversar com o filho e explicar que não pode ficar tocando porque vira fonte de contaminação toda vez que toca”, diz.
Toda vez que colocar ou retirar a máscara, os pais devem higienizar as mãos com álcool 70. Os responsáveis devem avaliar se é possível ou não a criança usar a proteção. “Tem que ver se ela vai conseguir usar sem ficar tocando, mas se achar que não, então não use”.
Camilla destaca que o uso da proteção deve ser apenas quando a criança for sair de casa. “Sair apenas se for necessário, manter a medida de distanciamento e higiene”.
Também é preciso se atentar ao tempo do uso. “Como é uma máscara caseira, ela perde a eficácia. Toda vez que tiver úmida, aumenta a sujidade e não faz a barreira adequada. Criança de 2 a 5 anos é bom ter duas máscaras para fazer a troca e de 6 a 10, pelo menos três”, diz Camilla.
Vale lembrar que a máscara de tecido deve ter pelo menos duas camadas, se for 100% algodão. “Já a de TNT tem que ter pelo menos três camadas para ser eficiente e sempre na medida adequada”, conclui a pediatra.
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