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Conhece microverdes? Nutricionista ensina a fazer mini horta em casa

Este é o estágio da planta após a germinação e são ricos em nutrientes e vitaminas em concentrações mais altas

Por Idaicy Solano | 18/07/2024 06:40
Mini horta de microverdes é opção saudável e fácil de ter em casa (Foto: Arquivo Pessoal)
Mini horta de microverdes é opção saudável e fácil de ter em casa (Foto: Arquivo Pessoal)

Você já ouviu falar em microverdes? O cultivo é tão simples, que a nutricionista e coordenadora do Departamento de Nutrição de Rio Verde, Aline Omena Aureliano, de 39 anos, garante que pode ser feito até em casa. Para incentivar o consumo de vegetais, Aline ministrou oficinas em Rio Verde, e em breve planeja levar seu conhecimento para instituições que atendem crianças carentes em Moçambique.

Segundo a profissional, os microverdes são ricos em nutrientes, contendo vitaminas, minerais e antioxidantes em concentrações mais altas que plantas adultas, o que pode contribuir para uma alimentação mais saudável e reforço do sistema imunológico.

Conforme explica a nutricionista, microverde é o estágio da planta após a germinação, e são colhidas bem jovens. Baseado em estudos científicos, Aline afirma que os nutrientes estão em maior quantidade entre o 7° e 21º dia de cultivo.

A convite da Secretaria de Assistência Social de Rio Verde, Aline ministrou um curso ensinando o cultivo para os participantes do grupo Laços Eternos, composto por gestantes e acompanhantes, e para pacientes do projeto Culinária e Saúde no cuidado da Hipertensão e Diabetes.

O curso é feito em duas horas, e Line é responsável por disponibilizar as sementes e o substrato, os participantes precisam levar apenas as embalagens ou recipientes para o cultivo.A aula começa com uma explicação sobre o que é, os benefícios e os materiais de cultivo.

Após a apresentação, os alunos partem para a parte prática, onde aprendem a fazer o plantio, e no final da oficina, cada um leva o seu para casa. O objetivo do projeto é estimular o consumo de vegetais, aumentar o acesso à nutrientes e incentivar o autocuidado em saúde.

“Eu decidi aplicar o curso na prática para mostrar que é possível desenvolver atividades que auxiliem na saúde das pessoas. E ofereço em formato de oficina para que as pessoas se interessem. Hoje em dia não conseguimos que a população absorva muitas informações no modo passivo, em que o profissional fala e a pessoa somente ouve, por esse motivo as oficinas práticas são muito produtivas nas atividades de promoção à saúde”, relata Aline.

Oficina foi ministrada para mais de 100 pessoas até o momento (Foto: Arquivo pessoal)
Oficina foi ministrada para mais de 100 pessoas até o momento (Foto: Arquivo pessoal)

Como cultivar 

O seu cultivo é bastante simples, e pode ser feito em pequenos recipientes com terra ou substrato, em local com luz natural.

As sementes são espalhadas e cobertas levemente por substrato, e devem ser regadas diariamente. A colheita ocorre entre 7 e 21 dias e devem ser consumidos frescos. A nutricionista indica consumir em saladas, sanduíches, sopas e sucos.

Mas atenção: nem todas as plantas são adequadas para esse tipo de cultivo. As mais comuns são rúcula, rabanete, brócolis, mostarda, girassol, couve, manjericão, repolho, alface, cenoura e outras. Vegetais como berinjela, tomate, jiló, batata, pimentão não são recomendados.

Para cultivar em casa, ela indica usar bandejas rasas ou vasos pequenos, com terra ou papel toalha. “Espalhe as sementes, cubra levemente e mantenha úmido e iluminado. Colha quando as plantas tiverem cerca de cinco centímetros de altura”, completa.

Projeto em Moçambique 

Por ser uma rica fonte de nutrientes, a profissional tem planos de levar o cultivo até instituições de apoio às crianças carentes de Moçambique.

Aline conta que tem acompanhado o trabalho de igrejas que fornecem refeições para crianças em situação de vulnerabilidade social, e observou que geralmente são servidos apenas arroz e feijão, pois não é sempre que conseguem comprar carnes e vegetais.

A ideia é levar esse tipo de cultivo para essas instituições e ensinar às cozinheiras o cultivo de microverdes, para que elas possam inserir nas refeições, para melhorar o valor nutricional sem ter gastos expressivos.

“Já tenho duas comunidades para aplicar o projeto, uma serve 500 crianças e a outra serve 300 crianças. A gente sabe que o acesso à carne é caro pra eles, muitas coisas são caras. Então eu queria ensiná-los a fazer [o cultivo de microverdes], para ser mais em conta, para ser um negócio bem sustentável, que eles mesmo deem conta de se virar depois”, explica.

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