Contra momento crítico de tensões políticas, grupo recomenda yoga ao ar livre
Em evento gratuito de meditação no Parque das Nações Indígenas, as pessoas buscam mais paz e tranquilidade para encarar a vida
Eventos gratuitos de meditação, que reúnem pessoas em praças e parques públicos tem ocorrido no mundo todo, como o “América Medita”, que no fim de semana chegou a Campo Grande. A aula que une meditação e yoga e aconteceu simultaneamente em diversos locais do País onde a organização Arte de Viver atua, inclusive, no Parque das Nações Indígenas, no último sábado (17).
Leonardo Brandão, organizador da prática e voluntário da Arte de Viver aqui em Campo Grande conta que a ideia partiu de uma necessidade de um novo “gás” em toda a América, que vive um momento crítico de tensões políticas, principalmente, no Brasil depois do clima nos últimos meses.
“Com propósito de levar uma mensagem de paz que começa por cada indivíduo, a aula é uma forma de ativar esse ser que vive em sociedade e que é, também é um ser político. Então a mensagem é vamos ficar bem, em paz, para que essa paz atinja o maior número de pessoas, inclusive, nas ações políticas que precisamos tomar. Todo esse momento gerou uma ansiedade muito grande nas pessoas, de todos os lados . Hoje buscamos fazer um movimento em que você consegue parar e silenciar toda a negatividade, e é transformador”, explica.
Eventos gratuitos que reúnem pessoas em praças e parques públicos, como o “América Medita”, uma aula que une meditação e Yoga e que aconteceu simultaneamente em diversos locais do país em que a organização Arte de Viver atua, teve lugar no Parque das Nações Indígenas, no último sábado (17).
Leonardo Brandão, organizador da prática e voluntário da Arte de Viver aqui em Campo Grande conta que a ideia partiu de uma necessidade de um novo “gás” em toda a américa, que vive um momento crítico de tensões políticas, principalmente no Brasil depois do clima nos últimos meses.
Cada vez mais frequentes, esses eventos oferecem uma atividade para a família inteira, como é o caso das irmãs Luciane e Laura Cunha, que acharam no “América Medita” uma opção de lazer capaz de agradar as duas. Laura, fã de agitação, aproveitou a manhã para correr no Parque e vê nos exercícios a válvula de escape que a irmã Luciana encontra na meditação e na yoga.
Luciane conta que, aos 44 anos, redescobriu a maneira de olhar a vida depois de transformar a meditação em hábito na família. "Eu era mais impaciente, queria que tudo acontecesse para ontem e era mais metódica. Trabalhando através da respiração, agora eu vejo que cada coisa tem seu tempo, que é preciso respeitar limites", avalia.
Normalmente, além da companhia da irmã, ela também pratica com a filha, que aos 11 anos vive uma rotina puxada de preparação para o concurso do Colégio Militar. As duas começaram a aprender juntas maneiras de acalmar a mente e desenvolver autoconhecimento.
“Praticamos em casa, todos os dias um pouco de meditação e yoga, além disso, sempre que tem eventos, e que é possível, eu venho com ela. Já fomos no ‘Yoga no Parque’ que teve na Praça do Papa, e na meditação da lua cheia. Hoje ela não veio porque tinha aula e catequese de manhã”.
Natália Pavão, aos 24 anos faz Yoga há 4 e aproveitou a manhã de sábado no parque para reunir os amigos e ter um fim de semana mais tranquilo, se desfazendo de toda a pressão acumulada durante a semana. Para ela, o exercício também surgiu em um momento de crise. Hiperativa, a ansiedade e os afazeres diários criam um ambiente tóxico e paralisante para ela. Hoje, mais calma, ela analisa os benefícios que a “pausa” na rotina trouxe, como o controle das emoções e a conexão com ela mesma.
Dentro da prática proposta, a respiração é essencial. Leonardo diz que existem 4 formas de energia principais: alimentação, sono, estado positivo da mente e a respiração. É possível ficar sem comer por algum tempo, ficar sem dormir alguns dias e pode até pensar negativamente, mas sem respirar ninguém consegue ficar mais de 3 minutos. A respiração abastece o corpo e está muito ligada às emoções.
“Quando estou ansioso, respiro de um jeito, quando estou com medo eu quase paro de respirar, quando estou alegre a minha respiração é contínua, quando estou apaixonado, é um suspiro. A arte de viver ensina que podemos fazer o caminho inverso, em vez das emoções determinarem o que sentimos, podemos respirar e entrar em contato com nosso interior de uma forma mais frequente, que muda a maneira como nos posicionamos na vida, ficamos mais conectados. Aí existe a possibilidade de respirar com mais calma e leveza”, afirma Leonardo.
Voluntária da Arte Viver e professora de yoga, Angélica Vanessa adotou a rotina em 2009, depois de acompanhar a irmã em uma aula por uma recomendação médica e perceber que quem precisava, de fato, era ela mesma e que reencontrou uma parte de si mesma que não sabia que havia perdido. “Geralmente, quando as pessoas buscam a prática, é o momento em que ela mais precisa, em que ela mais briga contra, mas é quando ela para e consegue se aquietar, se perceber como ser, como pessoa, é transformador. Ela passa a ter consciência do que acontece à própria volta”.
Angélica explica que a yoga e meditação caminham juntas. Yoga ajuda o corpo a meditar de uma forma mais plena, porque o fluxo da mente está ligado à respiração. Quando a sua respiração está mais instável, você consegue entrar em um estado mais estável também. Tanto que tudo que acontece na vida, nós dizemos “respira”, porque quando você respira, você traz a atenção para o agora. Você estava no passado, no futuro e quando você para e respira você volta para o presente”.
Todo o trabalho da Arte de Viver é voluntário, ainda se estruturando em Campo Grande, a organização tem, entre os propósitos, fazer um trabalho social e está em busca parceiros que podem ser organizações como universidades, hospitais, creches, ONGs e comunidades que precisem de ferramentas como a meditação e a Yoga para encarar a rotina pesada.
Os interessados na parceria podem ou nas próximas aulas, que ainda não tem data definida, podem entrar em contato Instagram @artedevivercg e acompanhar as atividades do grupo.