Dicas ainda dentro do hospital ajudam mães a terem uma amamentação bem sucedida
A ajuda é bem vinda, principalmente, para que o bebê se alimente apenas do leite da mãe
O leite materno é completo e ainda nos primeiros 6 meses de vida não é preciso dar outro alimento ao bebê. Mas algumas mulheres sentem dificuldades, logo após o nascimento, de terem uma amamentação correta, diante das dores e da dificuldade que o bebê tem de pegar o seio corretamente.
Para isso, é preciso paciência e estímulo. Nesses casos, a equipe do Banco de Leite do hospital desenvolve um trabalho, humanizado, que alivia e tira dúvidas das mães na hora de amamentar. O processo começa logo após o nascimento, ainda no centro cirúrgico. "As enfermeiras posicionam o bebê e estimulam para que ele mame logo que nasceu. Quando não consegue, o Banco de Leite entra em ação para ajudar essa mãe. O principal objetivo é que o bebê se alimente do leite dela", explica a atendente de lactário da Santa Casa, Aparecida de Moura.
Mãe de primeira viagem, a auxiliar de enfermagem Eula Paula Vieira Cristal, de 26 anos, recebeu ajuda para que o filho conseguisse mamar corretamente. "Eu tentava, mas ele chorava e não conseguia puxar. E como o seio fica muito dolorido, fica difícil tentar o tempo todo", conta.
Com ajuda das enfermeiras, ela viu que o estímulo era mais fácil do que imaginava. "Fui massageando as mamas para evitar que o leite ficasse empedrado e fui dando mama, ele mamou bem logo no primeiro dia", diz.
Aparecida explica que muitas vezes o estimulo é feito primeiramente com o bebê, a gente usa uma luva e o ajuda a fazer sucção. Depois ele vai para os seios da mãe e com paciência ele acaba pegando o jeito".
A manicure Jéssica Gomes, de 26 anos, precisou levar o filho até o banco de leite para que as enfermeiras o ensinassem como fazer a pega correta. "Ele não quis mamar de jeito nenhum e a gente vai ficando desesperada com medo de não conseguir amamentar".
A atende explica que a mãe precisa estar atenta a posição do bebê. "É necessário que o corpo dele esteja junto ao corpo da mãe, barriga com barriga. E sempre leve o bebê até o peito e não ao contrário. O queixo deve tocar o peito da mãe e a boca precisa estar bem aberta", explica.
A forma estará correta quando boa parte da aréola, a parte escura do peito, estiver na boca do bebê.
Quanto as dores, Aparecida reforça que com tempo elas passam e isso não pode desanimar as mães quanto a amamentação. "É preciso ter paciência, mas algumas dicas ajudam muito. Uma delas é a massagem nos seios e a mãe também pode retirar o leite quando for necessário para que as mamas não fiquem muito cheias".
O banco de leite também orienta que a mãe use um sutiã confortável e deixe as mamas tomarem um pouco de sol até às 9h ou após às 16h.
Além de amamentar, doe - Além das orientações à mães que estão com recém nascidos no hospital, o Banco de Leite tem um papel fundamental nas doações. "Estamos sempre precisando de mães voluntárias, porque o leite materno que é doado atende crianças de todo o hospital", esclarece Aparecida.
Para ser uma doadora, a mãe precisa estar amamentando seu filho, ter produção de leite em excesso e ter feito o pré-natal, a mãe liga e a equipe do Banco de Leite, realiza o cadastro, vai até a casa da doadora, onde entrega o material, ensina a tirar e armazenar o leite e semanalmente realiza o recolhimento do alimento.
Em Campo Grande há quatro lugares para cadastro e recolhimento de leite materno, veja onde doar: Santa Casa (3322-4174), Maternidade Cândido Mariano (3041-4735), Hospital Universitário (3345-3027), Hospital Regional (3378-2715).