Dupla faz viagem de Buggy e percorre 1,5 mil km de Porto Alegre a Campo Grande
O publicitário campo-grandense Erich Pontes, de 40 anos, é apaixonado por carros antigos. Tem em casa uma Saveiro BX, de 1984, e sempre quis ter um Buggy Glaspac de 1969, o clássico dos clássicos, primeiro modelo que, segundo ele, chegou ao Brasil.
Decidido a comprar, ele pesquisou na internet, encontrou um à venda em Porto Alegre e foi buscar. Como queria economizar no pagamento do frente de volta, resolveu trazer o veículo rodando, do Rio Grande do Sul até a Capital, em uma viagem que, na estrada, virou uma verdadeira aventura.
A saída foi na sexta-feira (11) pela manhã. A chegada foi neste domingo (13), por volta das 10h. Erich percorreu 1,5 mil quilômetros na companhia do amigo, o arquiteto Carlos Henrique Shiota, de 25 anos, outro apaixonado por carros, que mora em Porto Alegre, mas tem familiares em Campo Grande.
O rapaz aproveitou a carona para visitar os pais e, na companhia do publicitário, compartilhou momentos únicos. Em dois dias de viagem, a dupla tomou muito vento gelado no rosto, sentiu a liberdade que a viagem proporciona, mas também passou por alguns “perrengues”.
Logo no início, a pouco mais de 300 quilômetros do ponto de partida, o Buggy parou. Foi preciso pedir carona, ir até a próxima cidade e encontrar um mecânico que, de volta ao local, constatou que o problema era, na verdade, falta de gasolina. “Fiz até o diagnóstico antes. Achei que fosse a bomba de gasolina”, conta Carlos, que agora ri da “mancada”.
“Batizados”, os dois ficaram mais espertos e, de RS para MS, pararam pelo menos cinco vezes para abastecer. Só foram ficar sem gasolina novamente quando estavam entrando em Campo Grande, mas um posto de combustível há poucos metros foi a salvação.
O percurso, no geral, foi tranquilo, contam, exceto nos trechos esburacados, que “joga” o veículo de um lado para outro e nas serras, áreas frias, que exigem o uso de toca com protetor de ouvido, acessório praticamente obrigatório.
Tirando a vibração do motor, que fica praticamente colado aos bancos, não há o que reclamar. O carro, apesar de pequeno, é confortável, garantem. Tem bancos almofadados e dá para esticar a perna sem nenhum problema.
Não fossem os imprevistos e as paradas para dormir em hotéis, os dois teriam chegado antes. O Buggy, explica Erich, tem a potência de um Fusca. Esse, em especial, foi montado “em cima” de um. “O motor é 1.500. Chegamos a andar até 120 km”.
Na estrada, o automóvel vira atração. “Tem gente que buzina, dá luz alta”, comenta Carlos. Erich já tinha feito viagem semelhante, há pouco mais de 2 anos. No ocasião, percorreu 600 quilômetros de Buggy, de Londrina até Campo Grande.
Com o percurso maior desta vez, ele diz que está realizado e, se for viver outra aventura, será daqui a 6 meses, no mínimo. “É legal e tudo é um aprendizado, mas é uma loucura”, afirma.