Frequentadores fiéis ensinam como se divertir nos parques durante o feriadão
Campo Grande não tem muitas alternativas de lazer, mas quem vai aos parque ensina que é bom sair de casa
Tem gente que quer, mas não sabe como fazer um programa diferente ao ar livre. Mas basta um feriado no Parque das Nações Indígenas ou qualquer outra área verde da cidade para "aprender" que é fácil sair de casa para fazer piquenique, conversar, brincar com as crianças e até rede e fazer aulas de violão.
A auxiliar administrativa, Mariana Machado combinou com a mãe, Vânia e a irmã Giovanna saíram do bairro Maria Aparecida Pedrossian para piquenique no parque. Levaram até bolo de chocolate com calda e granulado. “Sempre trazemos um lanche. Sair de casa e vir para o parque é um jeito de viver a realidade, criar vínculos não apenas com a família, como também com os amigos”, disse Mariana.
Ela conta que há anos frequenta o local e diz que o espaço é bom nos finais de semana e feriados. “A intenção é aproveitar o dia juntas”, afirma. Mariana ainda recorda das vezes que brincou com os primos no parquinho do parque. “Vínhamos brincar. Sempre fomos de fazer piquenique e ficamos até escurecer”, contou.
A engenheira ambiental, Marjolly Shinzato esteve no parque ontem junto com os pais, filhos e uma amiga. Ela mora no bairro TV Morena e relata que costuma ir ao local, pelo menos, uma vez na semana. Entre os objetos que leva estão; linha e agulha de crochê, brinquedos, comida, cadernos e tereré.
“É o encontro com amigos ou família. A gente sempre marca aqui por conta do parquinho, para as crianças brincarem, andar de bicicleta. Trazemos comida, crochê, patinete, caderno para pintura. Às vezes, queremos algo ao ar livre, com as árvores e a gente vem pra cá”, fala.
A engenheira ambiental fala sobre a importância de “tomar” sol. “Falo bastante sobre horas de sol, o quanto que a gente deixa de usufruir da vitamina D por não sair de casa. Tenho uma amiga que é educadora parental que faz uma comparação breve de que os presos precisam tomar duas horas de sol por dia, para manter a sanidade mental. Se pensar na rotina e não fazer isso, a gente cria crianças irritadas, imediatistas”, disse.
A arquiteta Mayara Dias, que estava com Marjolly, é mãe de dois filhos e fala sobre a importância dos parques no desenvolvimento das crianças. “Gastam bastante energia, principalmente nos feriados porque liberam a energia acumulada. Em casa a gente consegue se reunir, mas não tanto como aqui”, afirmou. Enquanto a criançada brincava no parquinho, ela relaxava fazendo crochê.
O mecânico Anderson Rodrigues aproveitou o feriado para manter a proximidade da família. Ele, sua esposa Marcela e seus dois filhos, Gabriel e Isac moram no bairro Aero Rancho, mas estiveram no parque das Nações para curtirem o dia de folga. “A gente vem para descansar. Pego o violão e tento tocar, andar de patins, tomar um tereré e comer lanche. Chegamos geralmente no meio da tarde e vamos embora no final”, contou.
A família foi preparada para o parque, levou dentro do carro a rede que pendurou entre as árvores, comida, uma pipa, patins e os lençóis para forrarem o chão antes de sentarem. “Meu filho está me ensinando a andar de patins, estou aprendendo a cair”, brincou Anderson. Ele ainda levou uma pipa para soltar com o filho. “Não tem coisa melhor. Dentro de casa só fica no celular, mas aqui a gente está respirando um ar puro, dando atenção para os filhos, descansando. Pega a bola, chuteira, bicicleta, coloca tudo dentro do carro e partiu parque”.
Valdirene de Sousa é professora e enquanto ficou sentada olhando o tempo passar, seus filhos de 9 e 11 anos estavam brincando de badminton (jogo parecido com peteca, mas com raquete). “Moro próximo do bairro Canguru, mas nos reunimos aqui para praticar esportes. No meio da semana é correria, então quando dá a gente aproveita para vir pra cá. Depois a gente sai para comer alguma coisa, jogar badminton. Trazemos tereré e compramos pipoca na entrada”.
Outro que costuma aproveitar os momentos livres para dar aquela relaxada no parque é o pastor, Ernesto Soares. “É hora de lazer, meu filho tem dez anos e costume de brincar com outras crianças aqui. Já minha esposa costuma fazer caminhada e nós ficamos aqui desfrutando desse privilégio”.
Ele mora no bairro Coopharádio e quando sai de casa para aproveitar o descanso, leva a caixinha de música, cadeiras pequenas e tereré. O administrador, Marco Silva também decidiu passar a tarde no parque e levou o brinquedo da gurizada. “A gente vem em quatro famílias, trazemos comida para fazer o piquenique. A ideia é sair do movimento da cidade, e curtir a natureza, sem tablete e celular”, disse.
O vistoriador de carros, Anderson Silva chamou uma galera para fazer companhia a ele, sua esposa e a filha pequena. Levaram uma toalha para forrar no chão e sentar, e comidas como bolo. Enquanto os adultos conversam, a criançada aproveita o momento para curtir. “Quando a gente vem, às vezes, sentamos na areia junto com os filhos, brincamos”, contou.
O casal, Viviane Nunes e o esposo Daniel Silva gostam de ir ao parque com os filhos, que andam de bicicleta e se divertem. “Brincam, trazemos bastante água para beber e no final compramos lanche”, disse a esposa. Ela completa dizendo que os filhos cansam quando andam no parque e ao chegar em casa relaxam. “Tomam banho, jantam e vão dormir ou brincam mais um pouco, dai tomam banho, comem e deitam”, concluiu.
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