Parece mato, mas é saudável e simples manter uma horta PANC em casa
Veja como ter sua própria horta de Plantas Alimentícias Não Convencionais
No meio do alface, rúcula e couve, elas até parecem mato ou flores bonitinhas. Mas são alimentos saudáveis e podem ser utilizadas em diversas receitas do dia a dia. São as PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) que não importa o espaço, podem ser cultivadas no quintal ou até em vasinhos para quem tem pouco espaço em casa.
Mas como começar? Antes de qualquer transformação no quintal para fazer uma horta é preciso ter conhecimento de quais são as PANCs e saber diferenciá-las, explica a empresária Márcia Chiad que mantém uma horta com mais de 40 espécies não convencionais no bairro Monte Castelo. "É preciso estudar, porque existem milhares de plantas desse tipo. Algumas são mais comuns e a gente costuma encontrar em jardins."
Um exemplo é a Caruru, uma planta que a gente olha e pensa que é apenas mat, mas é rica em vitaminas, sais minerais e rende um omelete muito saboroso.
Se não há uma muda de PANC perto de casa, como conseguir? Márcia explica que alguns viveiros já trabalham com sementes e em seu restaurante, Recanto das Ervas, a muda de cada planta custa R$ 6,00.
Na hora de plantar, não há mistérios. Por serem rústicas, as PANCs não são exigentes em relação ao preparo do solo e se adaptam facilmente à terra, principalmente, se conviverem com outras plantas ou hortaliças. "Como elas não precisam de muita adubação. Até a chamamos de plantas generosas, que não precisam de tanto cuidado e ainda continuam nos alimentando".
Márcia sugere plantar as não convencionais entre o alface, a couve e a cebolinha, por exemplo. "Porque uma planta protege a outra", explica. E se não há quintal suficiente para muitas hortaliças, é possível plantar em vasos ou garrafa pet e lembrar da irrigação duas vezes por dia.
O conhecimento também fundamental para evitar intoxicação e também o desperdício, já que quem não conhece pode confundir as plantas com ervas daninhas, jogando fora plantas que podem servir de alimento.
Entre as mais comuns, Márcia cita o trevinho azedo, que cresce espontaneamente em pomares e jardins, onde muitas vezes é considerada uma erva daninha, mas pode ser consumida crua ou após o cozimento. A espécie pode ser usada para fazer geleia, salada ou suco verde.
Outra planta super comum e fácil de ser encontrada é a Crista de Galo. É bastante cultivada em jardins e sua semente pode ser usada como gergelim ou cozida no arroz. Folhas, ramos e talos também são consumidos como verdura. A planta é rica em proteínas.
Cultivada pela sua beleza, outra planta que muita gente não imagina comer é a Dália, e pode se usar tanto suas raízes para fazer frita como suas flores para fazer geleia.
Entre outras plantas há também a Beldroega, a Serralha, a Taioba, Capuchinha, Peixinho, Ora-pro-nobis e Hibisco, todas que nascem espontaneamente e se tornou cada vez mais fácil encontrá-las.
Quem quiser aprender a identificar as plantas e aprender mais sobre as pancs. No dia 9 de junho haverá um curso para introdução à agricultura orgânica, plantio, colheita, adubação e plantas companheiras. A inscrição precisa ser feita pelo telefone 3027-2080.
Veja sugestões de hortas na galeria abaixo.
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