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Quem sempre roeu unhas ensina como resistir à mão na boca

Estretégias usadas por quem rói unhas, com o coronavírus, vai além de lavar as mãos com frequência e utilizar álcool em gel

Danielle Errobidarte | 25/03/2020 07:45
Roer unhas pode ser um hábito ainda mais prejudicial a saúde durante pandemia de coronavírus. (Foto: Arquivo Pessoal/Jaqueline Crepaldi)
Roer unhas pode ser um hábito ainda mais prejudicial a saúde durante pandemia de coronavírus. (Foto: Arquivo Pessoal/Jaqueline Crepaldi)

Com a pandemia de coronavírus, deixar de levar a mão à boca pode, literalmente, salvar vidas. A higienização das mãos é a principal forma de evitar que o vírus entre no organismo. Mas esse pequeno gesto pode ser ainda mais complicado para aqueles com um hábito muito comum entre brasileiros: roer as unhas.

Seja por ansiedade, estresse ou mesmo para passar o tempo, quem tem esse costume vive testando jeitos de controlar colocar a mão na boca. Desde esmaltes com cheiros fortes até assunto na terapia com psicólogo, o Lado B conversou com pessoas que têm o hábito de roer as unhas e que dão dicas de como fazer isso com menos frequência.

Para a professora Juliana Miguel, o assunto virou caso de terapia. Durante as sessões com o psicólogo, ela descobriu que o hábito de roer as unhas é consequência de momentos de ansiedade, e não a causa. “Já até fiz terapia para parar. Melhorou, mas não parei. A solução foi tratar a causa de fazer isso, e tentar controlar a ansiedade com exercícios e respiração”.

Outra estratégia usada por ela é ir à manicure com frequência. “Eu faço as unhas toda semana e sempre pinto de cores escuras, porque se sair fica horrível e me incomoda o esmalte estar faltando. As cores claras são mais difíceis de perceber, e as unhas de gel não funcionaram porque eu arrancava, me incomodou”, sugere.

Usar esmaltes com frequência nas unhas é uma das dicas dadas por quem sempre coloca os dedos na boca. (Foto: Danielle Matos)
Usar esmaltes com frequência nas unhas é uma das dicas dadas por quem sempre coloca os dedos na boca. (Foto: Danielle Matos)

Os esmaltes também são uma opção para Raquel de Souza, que, assim como Juliana, acha que a estética das mãos pode ajudar a não colocar os dedos na boca. “Já testei vários esmaltes, inclusive alguns que têm cheiro ruim, mas não funcionou e acabava roendo de novo. O que mais me ajuda é estar com as unhas sempre feitas, porque me policio para evitar roer e fico com dó de estragar”.

Outra dica dada por Raquel é pedir ajuda para pessoas próximas e que fazem parte da sua rotina. Em momentos de maior ansiedade, ela só percebe que está com as unhas roídas quando o dedo já está machucado. “Eu nem percebo que estou com a mão na boca e quando vou ver já está machucado e preciso colocar band-aid, que também pode ajudar a não morder. Mas acho que o melhor jeito é pedir para as pessoas por perto te avisarem. Tenho uma amiga que inclusive dá tapas na minha mão”, opina.

Nesse período de quarentena, ocupar a mente apenas com filmes, leitura de livros e assistir noticias sobre o coronavírus pode ser um gatilho mental para quem sofre de ansiedade. A consequência é roer ainda mais as unhas. É o caso de Jaqueline Crepaldi, que utiliza a recomendação mais simples dada pelos profissionais da saúde, para se prevenir: lavar ainda mais as mãos. "Tripliquei a quantidade de vezes que lavo as mãos agora com o coronavírus".

Ela acredita que colocar fitas e curativos na ponta dos dedos pode incomodar ao colocar na boca e, consequentemente, diminuir o número de vezes da ação. “Quando percebo que estou ansiosa e roendo as unhas, tento focar em outra coisa para ocupar as mãos, como jogar no celular. Coloco band-aid e fita micropore na ponta dos dedos e assim não tenho acesso às unhas”.

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