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Veja como cuidar para que pets não sofram com efeitos dos incêndios

Efeitos dos incêndios pode piorar doenças já existentes e desenvolver novas em pets saudáveis

Por Aletheya Alves | 16/09/2024 07:24
Cães podem desenvolver quadros de rinite com baixa qualidade do ar. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Cães podem desenvolver quadros de rinite com baixa qualidade do ar. (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Com os efeitos dos incêndios permanecendo, os prejuízos são gerais e a atenção também precisa se intensificar com os pets, já que pequenas alterações no comportamento podem indicar a necessidade de atendimento. Médica veterinária, Thalita Scaff explica que o tempo seco influencia piorando doenças já existentes e desenvolvendo inflamações naqueles animais saudáveis.

Em geral, a preocupação e medidas tomadas em relação aos cachorros e gatos seguem a mesma lógica aplicada aos humanos. A principal diferença é que a sensibilidade pode ser maior com os pets.

Na prática, Thalita explica que aqueles animais que já sofrem de doenças respiratórias exigem uma observação mais próxima. Caso os bichos não tenham diagnósticos, mas sejam braquicefálicos, ou seja, tenham o focinho mais achatado, a tendência de desenvolver problemas também é alta.

Todos os cães e gatos podem desenvolver doenças como rinite, bronquite e pneumonia. Esse tempo seco e com fumaça irrita a via aérea deles, principalmente a superior, e pode seguir para o pulmão gerando alterações”, descreve.

Por isso, caso perceba espirros frequentes, tosse ou secreção no nariz é o momento de procurar um profissional. Um detalhe é que, por vezes, os cachorros e gatos parecem engasgados, mas a veterinária relata que pode ser uma espécie de espirro.

Apesar de todos os animais precisarem de atenção, Thalita diz que os gatos demandam ainda mais, porque perceber os sinais é mais difícil.

É importante ficar de olho com as alterações no comportamento porque é mais difícil notar, mas eles são mais sensíveis à rinite, por exemplo. E esse diagnóstico cedo é importante porque quanto antes tratar, melhor”.

De toda forma, para prevenir, as dicas envolvem manter as vias aéreas dos animais hidratadas. “A umidade ajuda a levar o ar respirado para dentro do pulmão. Quando não temos qualidade do ar há a inflamação da via aérea”.

Entre os cuidados específicos, ela cita que é necessário unir espaços mais frescos com auxílio para a umidade. Nesse momento, muita gente fica em dúvida sobre ser permitido ou não manter os animais em ambientes com ar-condicionado.

“Diferente da gente, os cães trocam calor corporal através de sua respiração, então ambientes quentes vão demandar mais do sistema respiratório. Assim, eles vão ficar mais ofegantes para tentar compensar o calor. Por isso, manter o pet em um ambiente fresco com ar-condicionado e ventilador ajuda bastante”.

Além disso, os passeios também precisam ser reduzidos e, é claro, em horários que fujam do Sol.

Em casos já diagnosticados por médicos veterinários, a inalação também costuma ser recomendada. Mas, antes disso, a orientação é realmente procurar um profissional.

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