Acadêmico cria game que ensina os pequenos sobre preservação do meio ambiente
O campo-grandense João Victor Ramos, acadêmico de Design, sonhou em trabalhar com jogos desde a infância. Só que mais do que diversão, ele se apegou a tecnologia como maneira de mudar a realidade das pessoas e do mundo a sua volta. Pensando nisso, criou o game de aventura e fantasia que ensina muito sobre a importância da vida animal e, consequentemente, consegue levar a reflexão sobre preservação do meio ambiente.
"Vivemos em uma era onde todos estão conectados 24 horas, o que acredito que deveria ser algo bom, pela infinidade de pesquisas e informações. Mas mesmo com tudo isso, os problemas do nosso cotidiano continuam acontecendo sem que a maioria se preocupe", lamenta.
Por isso, o jogo que ganhou nome de "Irmãos da Natureza" ultrapassa a ideia de ser apenas um passatempo e ganha a mistura de fauna, flora e história do Brasil.
"Sempre amei a vida animal e quis produzir um jogo com esse significado. O game fala sobre uma turma de animais que nunca teve contato com o homem e descobrem a construção de uma mega cidade na ilha onde vivem, o que afeta todo seu ecossistema. Dessa forma, encontrei no game um jeito de despertar interesse nos jovens e crianças sobre o tema".
O jogo mistura vários elementos como RPG, puzzle, Stealth e Rush. Com arte colorida, o design gráfico chama atenção para um público de 7 a 20 anos. Consegue mostrar espécies em extinção que muita gente desconhece. Entre elas, algumas nativas do Brasil.
"Mostramos animais que já estão sendo afetados por alguns dos problemas como aquecimento global e contrabando. E que em pouco tempo correm o risco de desaparecer da terra".
O game não se passa no Brasil, mas tem elementos do País. A ilha onde tudo acontece se chama Vera Cruz, em referênicia ao primeiro nome do Brasil dado pelos portugueses. Um dos personagens é Lobato, um lobinho do mato que adora explorar a ilha onde vive e, acaba descobrindo a construção da cidade.
Encontrado em várias regiões do País, principalmente no Centro-Oeste e Norte, muitos já estão ameaçado de extinção. "Tem também o Maximus, um tatu canastra, que é gênio e cientista do grupo e cria todas as engenhocas que o herói pode usar. Como o tatu é vítima de atropelamento em estradas e da caça para consumo, o apelo é importante. Além de muitos outros animais com histórias", explica.
No jogo, a ilha fica no meio do Oceano Pacífico, mas tem caatinga, mata atlântica, cerrado, planícies e regiões litorâneas o que permite a mudança de estilo e jogabilidade em cada ambiente. Cada região vai sendo desbloqueada na medida em que o jogador for concluindo a história.
Desenvolvido em Campo Grande, o game está em versão teste. E recentemente participou de uma feira para teste de jogabilidade onde o público conheceu o jogo. João agora tenta emplacar o projeto para captação de recursos.
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