Conheça alguns dos narradores sensacionais nos games
Grandes jogos são lembrados por diversos motivos. As pessoas podem conversar sobre suas boss fights favoritas, melhor soundtrack, melhor level design, etc. Porém, um tópico que nem sempre tem a devida atenção é o direcionado aos narradores nos games.
Não me refiro a jogos no qual a narração é uma parte frequente da história como em Stanley Parable ou Portal, mas sim em jogos no qual há um narrador presente, mas nunca paramos muito para analisar sua importância. Bom, que tal mudarmos um pouco isso?
Quero começar com um dos meus favoritos: Lawrence Bayne. O nome pode não parecer muito familiar à primeira vista, mas ele fez as vozes de Cable e do narrador do clássico Marvel vs Capcom 2.
O game por si já tem seus méritos por vários motivos. Seu incrível soundtrack e seu elenco espetacular são ótimos exemplos, mas eu não consigo ver esse jogo sendo o mesmo sem a incrível narração de Lawrence Bayne entregando várias frases icônicas antes, durante e após as batalhas.
Já em Ultimate Marvel vs Capcom 3 há dois narradores.
Agora com as vozes de John Driscoll e Kate Higgins, ambos fazem um maravilhoso trabalho em entregar uma narrativa animada e energética para um jogo que é toda uma celebração entre games e quadrinhos.
Esses dois nomes dividem o espaço entre as lutas e menus do jogo. Oferecem uma experiência diferente a cada passo da jornada, desde sua entrada no jogo até os momentos finais com um inesquecível: “You have Saved the Earth!”.
Mas os narradores não são apenas para te colocar no clima da batalha, eles também te ajudam a entender o clima do game e seu universo. Nisso, temos como exemplo Joshua Tomar em Skullsgirls.
A obra traz uma trilha sonora regada a jazz e blues. Seus personagens são graciosamente animados em 2D com designs memoráveis. Além disso, o narrador ajuda a criar o clima em cada luta como se fosse um filme.
Uma curiosidade que poucos sabem é que há uma variação em Skullgirls na qual o narrador se encontra bêbado. Essa diferença é gigantesca e acaba sendo uma das melhores versões no jogo.
Agora saindo um pouco dos títulos de luta, precisamos mencionar um dos jogos mais difíceis e criativos de todos os tempos: Cuphead.
Além de ter um estilo bastante único, o jogo oferece um dos narradores mais empolgantes da história recente dos games. A narração de Luke De Ayora se destaca como uma voz saindo diretamente de um rádio antigo. Ele solta frases divertidas que dão o tom de cada fase, ainda mais quando você ouve a expressão “A Knockout!!”. Aí é pura alegria.
Por último, mas não menos importante, há a necessidade de dar o devido destaque à narradora de Team Fortress 2.
Já são anos de jogatina multiplayer com esse título. Sua base de fãs o abraçou a ponto de mantê-lo vivo através de mods e customizações. Porém, é graças a animação da narradora Ellen McLain, a “Administradora”, que a animação nas partidas nunca morre.
Porém o que a diferencia dos demais já citados?
Simples: a sua incrível personalidade. A “Administradora” não apenas narra as lutas, mas parece que ela está assistindo e se divertindo com as batalhas.
Sua entonação muda constantemente dependendo do lado em que você está. Se você está ganhando, ela falará com entusiasmo e alegria, mas se estiver do lado oposto da corda, ela falará com tédio e desapontamento sobre a situação.
Isso, amigos, é o que chamo de arte e amor pelo trabalho.
Não vou mentir: muitos desses games ainda me impressionam com seus estilos, mecânicas e soundtracks, mas não acredito que eles estariam completos sem as vozes que ajudaram a dar vida e personalidade a cada uma das partidas.
Aposto que há narradores que posso não ter citado, mas você claramente se lembra com carinho também. Deixe os seus favoritos nos comentários!
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