SEGA apresenta planos para o futuro e sugere reviver algumas de suas franquias
A SEGA apresentou ontem o documento Road to 2020, um plano de metas da companhia para os próximos anos. Não há dúvida que a SEGA é uma das mais emblemáticas empresas do ramo dos videogames. Juntamente com a Nintendo, ela protagonizou um dos momentos mais incríveis da história desse ramo de entretenimento, a guerra dos consoles de 16bit entre Mega Drive e Super Nintendo. Porém, desde o final da década de 90 mudou radicalmente seu rumo, saindo do ramo de fabricação de consoles para focar no desenvolvimento e publicação de jogos e arcades, que apesar de terem praticamente sumido do ocidente, ainda fazem enorme sucesso no Japão.
Desde então, apesar de ser uma empresa que economicamente vai muito bem, com apresentação de rendimentos anuais que a coloca como uma das maiores do ramo, ela parece ainda estar longe de encantar o grande público como fizera no passado, com um foco atual muito voltado ao mercado nipônico. Na tentativa de expandir suas operações e melhorar isso, uma das coisas que empresa pretende investir é na utilização de suas propriedades intelectuais. A SEGA possui uma infinidade delas, estando algumas adormecidas por mais duas décadas como a icônica Streets of Rage, ou ainda outras que até foram bem utilizadas em um futuro recente, como OutRun, que teve ótimas versões para os consoles da sexta geração, mas que também andam deixadas de lado.
O plano então é não apenas fazer sucessos regionalizados ou medianos, mas criar jogos que sejam sucessos globais, nas mais diversas plataformas existentes – Consoles, dispositivos móveis e PC – de forma a aumentar os lucros da companhia em um terço apenas nesse setor nos próximos três anos. O documento cita ainda nomes específicos como as franquias Sonic, Phantasy Star, Puyo Puyo, Persona, dentre outras, que já possuem títulos de sucesso atualmente ou estão em vias de lançar jogos importantes, como é o caso do Sonic Mania. Um pouco dessa nova política já pôde ser vista em alguns jogos, como nos jogos da série Yakuza, um dos maiores sucessos da empresa, que teve o último jogo da série recentemente lançado para o público ocidental.
Mas para os mais nostálgicos e que estão rezando para conseguirem novas aventuras das franquias clássicas esquecidas, é aqui que reside o maior desafio da empresa: tornar esses jogos interessantes nos dias atuais, em especial para o público ocidental. Ocorre que a jogabilidade arcade há muito não faz mais a cabeça dos gamers como antigamente. Afinal, vivemos em tempos de MOBA’s e Minecraft. O próprio OutRun, que teve dois jogos excepcionais lançados na sexta geração como mencionamos, não vendeu mais de 300 mil unidades, somadas todas as versões lançadas dos dois jogos.
Vamos torcer para que a SEGA mantenha o caminho de sucesso econômico e que consiga atingir o ocidente com mais impacto, principalmente com o “revival” das franquias favoritas de uma boa parte dos brasileiros.
Visite o Vídeo Game Data Base, o museu virtual brasileiro dos videogames.