Abraçada com casa de 1930, família arrisca novo sonho com espetinho
Cenário conhecido pela natureza, no Bairro Monte Carlo, agora abriga um espetinho pra lá de charmoso ao anoitecer.
Não falta gente curiosa no restaurante recém-chegado. O Jido, espetaria no bairro Monte Carlo, tem só um mês e poucos dias de funcionamento, de segunda a sábado. Mas os donos estão lá há anos. E muita gente nem imagina a história por trás das árvores e da casinha antiga que só de bater os olhos dá uma pena de não ter conhecido o primeiro dono que, segundo os mais novos, era cheio de histórias.
Antes de pedir ou saber do cardápio dá para se sentir invadido pelo lugar. Por tudo que já aconteceu ali e ninguém viu. Espetaria recém-construída fica numa área de 7.500 metros quadrados. Uma chácara que foi adquirida por Jido Ibrahim Melke em 1937 e ainda hoje, mesmo dividida entre os familiares, preserva a natureza que faz muita gente se sentir “fora de Campo Grande” por alguns minutos.
Antes do restaurante ali funcionava um viveiro. Durante os anos o lugar me chamou atenção pelo verde e a presença da casa. A estrutura antiga ao lado da construção nova é quase centenária. Isso porque os donos não sabem o ano de fundação. “Mas quando o meu bisavô chegou aqui essa casa já existia. É tudo que sabemos”, explica sócia-proprietária Marina Gonçalves, que administra o local ao lado do marido Adriano de Souza, o irmão César Neto e a prima Gisele Sater.
Marina e Adriano trabalhavam em uma ONG em São Paulo quando se mudaram para Campo Grande e decidiram empreender. “Giselle e César também moravam em São Paulo e quando se mudaram queriam abrir alguma coisa. Foi então que decidimos pelo espetinho”.
Espetinho em Campo Grande tem em todos os bairros e para todos os gostos, mesmo assim, a família entendeu que sempre há espaço para mais um, mas, não qualquer um. “Pensamos em fazer algo diferente porque a gente gosta de reunir a família, e a chácara seria o diferencial pelo ambiente gostoso e as memórias”.
No primeiro momento, a ideia era restaurar a casa antiga. “Só que a casinha não tem fundação, seria muito mais do complexo do aparentava para restaurá-la em pouco tempo”, explica. “Então decidimos que seria mais seguro construir uma casa nova e usar a antiga como cenário”.
A ideia é em breve inaugurar a casinha como empório, mas com a condição de manter detalhes originais. “Não queremos destruir nada. A casa é parte da história da família e traz muitas memórias boas”.
A construção nova também é chamativa. Com esquadrias de ferro e telhas francesas, a arquitetura remete a um café charmoso, mas, lá dentro, as guarnições garantem acompanhamento pelo tradicional churrasquinho que o campo-grandense adora.
No cardápio, espetinhos custam a partir de R$ 30,00. Há opções de carne bovina, suína e aves. Há também entradinhas a partir de R$ 12,00, como saladinhas, edamame, burrata, queijo coalho, pão de olha e torresmo.
O lugar também é cenário para boas fotos e curiosidades. Por ser bem arborizado não falta questionamento de clientes sobre a história das árvores. “Muita gente chega aqui perguntando que árvore é essa”, conta se referindo ao guarapuruvu, que cresce rapidamente e chega a 45 metros de altura. No quintal ainda há muitas árvores frutíferas, inclusive, um pé de guavira que deixou uma das vizinhas preocupada. “Quando começaram a mexer fiquei com medo deles cortarem as árvores e o pé de guavira, mas quando vi que iriam preservar fiquei mais tranquila”, disse uma das clientes.
Serviço - Quem quiser conhecer o Jido, o endereço é Rua Cassilândia, 28, Bairro Monte Carlo. O horário de funcionamento é de segunda a sexta das 18h às 23h e aos sábados até meia-noite.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563 (chame agora mesmo).
Confira a galeria de imagens: