Amigas abrem café com brunch e empório de produtos coloniais do Sul
Na Vila Antônio Vendas, é servido o brunch colonial com chimia, cuca e outros ingredientes do empório
Amigas desde os tempos da faculdade, Renata Trentin, de 37 anos, e Ednéia Lazarotto, de 38 anos, começaram há 1 ano o empório com itens típicos da culinária gaúcha. O negócio ganhou espaço físico no Bairro Vila Antônio Vendas, onde é servido brunch colonial com polenta, cuca, chimia e outros ingredientes que fazem parte da Casa Trentin.
Chocolates, biscoito de amendoim, queijo colonial ao vinho tinto, queijo com chimichurri, doce mandolate, vinhos, cervejas, antepastos, erva mate e outros produtos que despertam nostalgia e lembram o Rio Grande do Sul ocupam as prateleiras do empório.
A família de Renata é toda de Chapecó (SC) e Ednéia nasceu em Arvorezinha (RS). Ambas se conheceram no curso de Biologia na Capital e desde então são amigas. O empório é algo que Renata queria ter há bastante tempo e o sonho aconteceu com o apoio de Ednéia.
“É uma ideia muito antiga, aquela ideia que você tem e engavetada. Eu falei: ‘Di, tô pensando em abrir um empório com produtos do Sul’. A ideia inicial era um café colonial, mas precisa de uma estrutura muito grande e a gente começou pequeno para evoluir a ideia. Eu perguntei pra ela: ‘O que você acha da ideia?’ e ela disse: ‘Posso ser sua sócia”, ri.
Há quase dois meses, elas levaram os produtos para a casa que ganhou reforma completa. Com apoio de uma arquiteta, as sócias preservaram a estrutura original do imóvel como a madeira e o piso, e restauraram as grandes janelas que garantem vista para o jardim dos fundos.
No jardim, a velha árvore ganhou a companhia de bancos e mesas de madeira e o gazebo coberto por tecidos que garantem clima agradável para aproveitar o brunch colonial, que sai R$ 45 por pessoa e é servido todos os dias em qualquer horário. A refeição acompanha polenta na chapa, fatias de cuca de sabores diferentes, pão com linguiça na chapa, chimia, nata, mel, queijos, charcutarias fatiados, porção de fortaia e bolacha.
O menu traz diversos pratos feitos com produtos coloniais vendidos no empório. Algumas das refeições preparadas no local são o pão caseiro na chapa com queijo e salame colonial, sanduíche de focaccia de lombo curado com geleia de abacaxi, bruschettas caprese, brie com damasco, além de cafés, chás, cerveja Polar e vinhos produzidos no Rio Grande do Sul.
Um dos destaques especiais do cardápio são as mini cucas de uva, goiabada, doce de leite e chocolate. A típica sobremesa pode ser acompanhada com calda e a opção combinada é perfeita para quem gosta de doce.
O sagu e o Chico Balanceado também são sobremesas que refletem a tradicionalidade do Sul. Renata detalha o passo a passo da receita que é consumida quase todo domingo em casa. “O Chico Balanceado é uma receita muito tradicional de lá. Você carameliza o açúcar, aí tem gente que coloca banana e tem gente que não. Você faz um creme de baunilha no meio e em cima vai um merengue”, explica.
A cuca, a cueca virada e a bolacha pintada são os únicos produtos artesanais feitos em Campo Grande por uma gaúcha que conhece bem cada receita. No empório, não faltam opções para quem nasceu na região Sul do país lembrar da terra natal e as tradições passadas de geração a geração.
Em nome da nostalgia e saudosismo, as sócias trouxeram itens que muitos estão familiarizados. Apesar de a adega contar com vários rótulos divididos em tintos, brancos, suaves e secos, o vinho armazenado na garrafa pet e nos galões fazem mais sucesso.
Outra bebida alcoólica bastante queridinha é a cerveja Polar, que é original de Estrela (RS). Em meio às garrafas de vinho, está o primeiro e único champagne do Brasil da Peterlongo. O título foi concedido à vinícola brasileira, que é a única além da na região francesa que pode ser denominada champagne e não espumante.
Para quem gosta de chimia, Renata fala que o empório traz de diferentes marcas até as linhas premiums. “Temos aqui as que são um pouco mais condensadas chegam a quase ser um doce. Temos a linha premium, que é a fruta junto do vinho”, diz.
No estado mais artesanal e que retrata o início da produção, a chimia vendida em caixa de madeira é uma mistura de sentimento e emoção. Ednéia comenta que no começo o produto era feito dessa forma.
“Isso vem muito da colônia porque antigamente se fazia, enrolava em plástico e se guardava em caixas. Esse é o mais clássico que se tem. Quem vem aqui eu costumo brincar que isso é sentimental e não é só saber. O sentimento é o que mais fala”, afirma.
A Casa Trentin está localizada na Rua Nelson Figueiredo Júnior, 285, Bairro Vila Antônio Vendas. O horário de funcionamento é de terça a sexta, das 13h às 19h30. Sábado, das 9h às 17h30, e domingo, das 9h as 12h.
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