Antes de “mergulhar” em doceria, Meirele só sabia fazer pão na chapa
Combinando os gostos próprios com as restrições da filha, Meirele criou cardápio para vários públicos
Quem olha os doces produzidos por Meirele Marcon, de 53 anos, não imagina que, quando começou a construir sua família, a cozinha era um espaço temido. Depois de muita insistência e aprendizado, os alimentos se tornaram sua paixão e assim nasceu uma doceria com opções para vários públicos.
Brincando que a vida de casados era difícil para ela e o marido no início, a cozinheira narra que nem o arroz sobrevivia e só o pão na chapa dava certo.
Longe de ter uma história de herança de família com os alimentos, muita coisa precisou ser aprendida até que o gosto por “mergulhar” na cozinha fosse uma realidade. Mas, depois de passar até pela criação de uma marmitaria, o caminho das panelas venceu e, há menos de um mês, ela e a família criaram sua primeira doceria.
Ao lado da filha, Anna Carolina Gonçalves Marcon, de 22 anos, Meirele é quem comanda as produções. E, assim como o início da história da mãe, Anna conta que de cozinha não sabe praticamente nada, mas o gosto pelas vendas fez com que a união desse certo.
Hoje, o espaço que fica na Rua José Antônio com a Pernambuco, Bairro Vila Rosa Pires, é a realização de um sonho, como diz Meirele. Ainda em fase de adaptação, a doceria conta com um cardápio de doces e cafés, mas a família garante que novas opções estão sendo produzidas.
De fatias de tortas de chocolate até salgados, a ideia do espaço é servir de encontro para quem gosta de ter tempo para experimentar os sabores. Além de bolos e doces tradicionais, Meirele também investe na criação de opções sem glúten e sem lactose, já que a filha possui restrições alimentares.
Por isso, o objetivo é acolher quem sente falta de encontrar locais com opções específicas à pronta-entrega. No cardápio, os salgados saem por R$ 7 e doces tradicionais como a palha italiana custa R$ 6.
Queridinhos de Meirele, as fatias de bolos tradicionais saem por R$ 10, enquanto as opções sem glúten e lactose custam R$ 12. Diariamente são produzidos bolos diferentes, sendo que os mais frequentes são os de chocolate, chocolate branco e com morango.
Sanduíches naturais, coxinhas de morango e cafés também fazem parte do cardápio criado pela família.
Detalhando sobre como foi se aprofundando nas produções, Meirele explica que durante cerca de dez anos viajou muito com o marido pelo País. “Meu marido era transferido e não tinha jeito, a gente se mudou para cerca de 15 casas durante esse tempo. Foi assim que eu comecei a cozinhar em alguns momentos para fora”.
Depois de organizar a cozinha de casa e entender os processos dos alimentos, ela narra que começou a se arriscar pelos doces. “Fiz alguns trabalhos para pessoas próximas, família. Alguém pedia algum doce, alguma encomenda e eu ia aceitando. Mas sempre pouca coisa”, diz.
Conforme o tempo e as mudanças de cidades foram ocorrendo, a prática aumentou e serviços para doces de casamento entraram no cardápio de trabalhos prestados. Vendo as mesas postas e a organização necessária, ela diz que ali realmente entendeu que gostava do ramo.
Já cansados de viajar, a família decidiu voltar para Campo Grande há cerca de 20 anos. Mesmo assim, abrir o próprio negócio voltado para alimentação demorou um bom tempo.
“Nós trabalhamos com locação de maquinário também, totalmente diferente de comida. Só bem depois, há mais de um ano, é que começamos a fazer comida para vender de verdade”, diz Meirele.
Ainda com a pandemia, a ideia da família foi investir em uma marmitaria delivery e a cozinheira conta que o projeto deu certo. Mas, quando a oportunidade de ter sua própria doceria surgiu, a preferência pela beleza e encanto da confeitaria foi maior.
Para conhecer mais sobre os doces e verificar a evolução de Meirele, a Doninha Doceria fica aberta de segunda a sábado.
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