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Sabor

Antes de “mergulhar” em doceria, Meirele só sabia fazer pão na chapa

Combinando os gostos próprios com as restrições da filha, Meirele criou cardápio para vários públicos

Aletheya Alves | 14/12/2022 07:18
Depois de uma vida aprendendo, mãe abriu doceria com a família. (Foto: Aletheya Alves)
Depois de uma vida aprendendo, mãe abriu doceria com a família. (Foto: Aletheya Alves)

Quem olha os doces produzidos por Meirele Marcon, de 53 anos, não imagina que, quando começou a construir sua família, a cozinha era um espaço temido. Depois de muita insistência e aprendizado, os alimentos se tornaram sua paixão e assim nasceu uma doceria com opções para vários públicos.

Brincando que a vida de casados era difícil para ela e o marido no início, a cozinheira narra que nem o arroz sobrevivia e só o pão na chapa dava certo.

Longe de ter uma história de herança de família com os alimentos, muita coisa precisou ser aprendida até que o gosto por “mergulhar” na cozinha fosse uma realidade. Mas, depois de passar até pela criação de uma marmitaria, o caminho das panelas venceu e, há menos de um mês, ela e a família criaram sua primeira doceria.

Ao lado da filha, Anna Carolina Gonçalves Marcon, de 22 anos, Meirele é quem comanda as produções. E, assim como o início da história da mãe, Anna conta que de cozinha não sabe praticamente nada, mas o gosto pelas vendas fez com que a união desse certo.

Espaço foi reformado recentemente e fica na Rua José Antônio. (Foto: Aletheya Alves)
Espaço foi reformado recentemente e fica na Rua José Antônio. (Foto: Aletheya Alves)
Depois de trabalhar com marmitaria, o gosto pelos doces acabou vencendo. (Foto: Divulgação)
Depois de trabalhar com marmitaria, o gosto pelos doces acabou vencendo. (Foto: Divulgação)

Hoje, o espaço que fica na Rua José Antônio com a Pernambuco, Bairro Vila Rosa Pires, é a realização de um sonho, como diz Meirele. Ainda em fase de adaptação, a doceria conta com um cardápio de doces e cafés, mas a família garante que novas opções estão sendo produzidas.

De fatias de tortas de chocolate até salgados, a ideia do espaço é servir de encontro para quem gosta de ter tempo para experimentar os sabores. Além de bolos e doces tradicionais, Meirele também investe na criação de opções sem glúten e sem lactose, já que a filha possui restrições alimentares.

Por isso, o objetivo é acolher quem sente falta de encontrar locais com opções específicas à pronta-entrega. No cardápio, os salgados saem por R$ 7 e doces tradicionais como a palha italiana custa R$ 6.

Queridinhos de Meirele, as fatias de bolos tradicionais saem por R$ 10, enquanto as opções sem glúten e lactose custam R$ 12. Diariamente são produzidos bolos diferentes, sendo que os mais frequentes são os de chocolate, chocolate branco e com morango.

Sanduíches naturais, coxinhas de morango e cafés também fazem parte do cardápio criado pela família.

Detalhando sobre como foi se aprofundando nas produções, Meirele explica que durante cerca de dez anos viajou muito com o marido pelo País. “Meu marido era transferido e não tinha jeito, a gente se mudou para cerca de 15 casas durante esse tempo. Foi assim que eu comecei a cozinhar em alguns momentos para fora”.

Depois de organizar a cozinha de casa e entender os processos dos alimentos, ela narra que começou a se arriscar pelos doces. “Fiz alguns trabalhos para pessoas próximas, família. Alguém pedia algum doce, alguma encomenda e eu ia aceitando. Mas sempre pouca coisa”, diz.

Conforme o tempo e as mudanças de cidades foram ocorrendo, a prática aumentou e serviços para doces de casamento entraram no cardápio de trabalhos prestados. Vendo as mesas postas e a organização necessária, ela diz que ali realmente entendeu que gostava do ramo.

Bolos tradicionais e também sem glúten e lactose têm sido produzidos no local. (Foto: Divulgação)
Bolos tradicionais e também sem glúten e lactose têm sido produzidos no local. (Foto: Divulgação)
Coxinhas de morango são parte das "especialidades" de Meirele. (Foto: Divulgação)
Coxinhas de morango são parte das "especialidades" de Meirele. (Foto: Divulgação)

Já cansados de viajar, a família decidiu voltar para Campo Grande há cerca de 20 anos. Mesmo assim, abrir o próprio negócio voltado para alimentação demorou um bom tempo.

“Nós trabalhamos com locação de maquinário também, totalmente diferente de comida. Só bem depois, há mais de um ano, é que começamos a fazer comida para vender de verdade”, diz Meirele.

Ainda com a pandemia, a ideia da família foi investir em uma marmitaria delivery e a cozinheira conta que o projeto deu certo. Mas, quando a oportunidade de ter sua própria doceria surgiu, a preferência pela beleza e encanto da confeitaria foi maior.

Para conhecer mais sobre os doces e verificar a evolução de Meirele, a Doninha Doceria fica aberta de segunda a sábado.

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