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Sabor

Após viajar o Brasil, Juan quer abrir capetaria com “tesão de quenga”

Se apresentando como vendedor de praia, paulistano sai pelas ruas de Campo Grande vendendo batidinhas

Aletheya Alves | 16/11/2022 06:36
Juan veio para Campo Grande sem pretensão de ficar e hoje se planeja para abrir Capetaria. (Foto: Aletheya Alves)
Juan veio para Campo Grande sem pretensão de ficar e hoje se planeja para abrir Capetaria. (Foto: Aletheya Alves)

Depois de ter restaurantes em outras cidades do Brasil, João Manoel Postos Rosa agora sonha em abrir sua capetaria em Campo Grande. Paulistano, Juan, como é conhecido, investe nas brincadeiras que vão desde a apresentação para convencer o público até o nome das bebidas: o famoso “capeta” e a batidinha autoral “tesão de quenga”.

Para quem não conhece, “capeta” é uma batidinha com ingredientes variados e, no caso de Juan, ele conta que desenvolveu sua própria receita. Assim como a outra bebida autoral, o vendedor narra que as duas são “exóticas e eróticas”.

“A gente vai criando as ideias a partir do que vê no público. O capeta eu conheci quando morava no litoral, há muito tempo atrás, mas a outra bebida criei porque achava que precisava de algo para as meninas. E o nome foi escolhido com votação na Praça Franklin Roosevelt, que é um reduto do público LGBT+ em São Paulo”.

Conforme Juan conta, no capeta vai mel, leite condensado, cachaça de alambique, pó de guaraná, pó de catuaba,  suco de maracujá, caju e canela. Enquanto no tesão de quenga os ingredientes são mel, leite condensado, pó de guaraná, gengibre, vinho e polpa de morango.

Acostumado a ser perguntado sobre os ingredientes de cada bebida, Juan criou até um “stand up” próprio para apresentar as duas e ainda convencer que o efeito “erótico” é verdadeiro. Confira o vídeo:

Capetaria de São Paulo para Campo Grande

Em Mato Grosso do Sul há quatro meses, Juan conta que veio apenas a passeio, mas gostou da cidade e acabou ficando. “Eu estava em Ubatuba desde a pandemia e lá continuei vendendo capeta. Quando vim para cá, resolvi tentar trabalhar e deu certo, fui muito bem recebido”, diz.

Se intitulando como vendedor de praia, convencendo pela simpatia, o homem foca na diversão de quem encontra em suas vendas pelas ruas e bares da cidade. “A gente tem todo um jeito de chegar nas pessoas e fazer as brincadeiras. Unindo o nome das bebidas, ainda tenho um canudinho especial que combina e vou fazendo as brincadeiras com o pessoal”.

Acostumado a lidar com o público, ele também detalha que é vendedor desde seus 8 anos de idade e já passou desde pizzaria até por restaurante com karaokê. Assim como no ramo comercial, sua história com as batidinhas já são antigas.

“Em Ubatuba, eu tive que me reinventar com a pandemia. Até novembro de 2019 eu estava em Poços de Caldas, tinha aberto uma pizzaria, mas em poucos meses precisei fechar. Tive que sair de lá com a pandemia e não sabia o que fazer, então fui com minha esposa para praia”, conta Juan.

Desde o nome das bebidas até modo de vender, tudo é personalizado. (Foto: Aletheya Alves)
Desde o nome das bebidas até modo de vender, tudo é personalizado. (Foto: Aletheya Alves)

Em Ubatuba, ele voltou a vender as bebidas que já havia criado há alguns anos, como narra. Sem praia, as vendas em Campo Grande têm sido em bares espalhados pela cidade e o vendedor conta que os resultados são cada vez mais positivos.

Gostando da Capital, Juan completa que após ver que o público gosta das batidinhas, seu objetivo é criar um ambiente fixo em Campo Grande e deixar de lado apenas as ruas. “Eu vou para Ubatuba agora na alta temporada, levantar dinheiro, e depois volto. Vou tentar ver o que consigo fazer, mas estou pensando mesmo em abrir a capetaria ou uma pizzaria, que também sou apaixonado”.

Para encontrar Juan e provar as bebidas é necessário ter sorte de o encontrar pelos bares ou verificar seu local de cada dia em seu Instagram, @capeta_ubatuba.

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