Após viajar o Brasil, Juan quer abrir capetaria com “tesão de quenga”
Se apresentando como vendedor de praia, paulistano sai pelas ruas de Campo Grande vendendo batidinhas
Depois de ter restaurantes em outras cidades do Brasil, João Manoel Postos Rosa agora sonha em abrir sua capetaria em Campo Grande. Paulistano, Juan, como é conhecido, investe nas brincadeiras que vão desde a apresentação para convencer o público até o nome das bebidas: o famoso “capeta” e a batidinha autoral “tesão de quenga”.
Para quem não conhece, “capeta” é uma batidinha com ingredientes variados e, no caso de Juan, ele conta que desenvolveu sua própria receita. Assim como a outra bebida autoral, o vendedor narra que as duas são “exóticas e eróticas”.
“A gente vai criando as ideias a partir do que vê no público. O capeta eu conheci quando morava no litoral, há muito tempo atrás, mas a outra bebida criei porque achava que precisava de algo para as meninas. E o nome foi escolhido com votação na Praça Franklin Roosevelt, que é um reduto do público LGBT+ em São Paulo”.
Conforme Juan conta, no capeta vai mel, leite condensado, cachaça de alambique, pó de guaraná, pó de catuaba, suco de maracujá, caju e canela. Enquanto no tesão de quenga os ingredientes são mel, leite condensado, pó de guaraná, gengibre, vinho e polpa de morango.
Acostumado a ser perguntado sobre os ingredientes de cada bebida, Juan criou até um “stand up” próprio para apresentar as duas e ainda convencer que o efeito “erótico” é verdadeiro. Confira o vídeo:
Capetaria de São Paulo para Campo Grande
Em Mato Grosso do Sul há quatro meses, Juan conta que veio apenas a passeio, mas gostou da cidade e acabou ficando. “Eu estava em Ubatuba desde a pandemia e lá continuei vendendo capeta. Quando vim para cá, resolvi tentar trabalhar e deu certo, fui muito bem recebido”, diz.
Se intitulando como vendedor de praia, convencendo pela simpatia, o homem foca na diversão de quem encontra em suas vendas pelas ruas e bares da cidade. “A gente tem todo um jeito de chegar nas pessoas e fazer as brincadeiras. Unindo o nome das bebidas, ainda tenho um canudinho especial que combina e vou fazendo as brincadeiras com o pessoal”.
Acostumado a lidar com o público, ele também detalha que é vendedor desde seus 8 anos de idade e já passou desde pizzaria até por restaurante com karaokê. Assim como no ramo comercial, sua história com as batidinhas já são antigas.
“Em Ubatuba, eu tive que me reinventar com a pandemia. Até novembro de 2019 eu estava em Poços de Caldas, tinha aberto uma pizzaria, mas em poucos meses precisei fechar. Tive que sair de lá com a pandemia e não sabia o que fazer, então fui com minha esposa para praia”, conta Juan.
Em Ubatuba, ele voltou a vender as bebidas que já havia criado há alguns anos, como narra. Sem praia, as vendas em Campo Grande têm sido em bares espalhados pela cidade e o vendedor conta que os resultados são cada vez mais positivos.
Gostando da Capital, Juan completa que após ver que o público gosta das batidinhas, seu objetivo é criar um ambiente fixo em Campo Grande e deixar de lado apenas as ruas. “Eu vou para Ubatuba agora na alta temporada, levantar dinheiro, e depois volto. Vou tentar ver o que consigo fazer, mas estou pensando mesmo em abrir a capetaria ou uma pizzaria, que também sou apaixonado”.
Para encontrar Juan e provar as bebidas é necessário ter sorte de o encontrar pelos bares ou verificar seu local de cada dia em seu Instagram, @capeta_ubatuba.
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