Braúlio serve arroz no abacaxi para mostrar o potencial do ingrediente
Com os pratos multiculturais, o chefe quer provar para as pessoas que o grão tem valor e é cheio de 'saberes'
Braúlio Antonio Calvoso é o chefe de cozinha que explora todas as potencialidades do arroz. O cereal, que é o terceiro mais cultivado ao redor do mundo, nas mãos dele se transforma em pratos multiculturais e cheios de ‘saberes’ e ‘sabores’.
O interesse dele pelo grão surgiu durante o período no qual viveu em dois países diferentes do continente asiatico. Ele conta que nesses locais teve a oportunidade de descobrir a potencialidade do arroz.
“Eu morei um ano no Japão e dois anos na China. Lá eu percebi que esse grão é utilizado de maneiras e com saberes diferentes. Geralmente ele é desprezado, mas tem um valor muito maior do que a gente pode imaginar. Ele pode ser um agregador de culturas, sabores e texturas diferentes”, destaca.
Desde 2014, Bráulio desenvolve o projeto ‘Embaixada do Arroz’. A ideia começou na mesma época que o chefe vivia na China e cozinhava para pessoas de diferentes culturas. A escolha do nome, segundo ele, foi para trazer visibilidade ao Brasil.
“Onde eu morava sempre fazia eventos e cozinhei com gente de todos os continentes do mundo. Queria dar um nome que fosse representativo, mas que chamasse a atenção”, afirma.
A proposta dele, por meio da Embaixada do Arroz, é mostrar ao público as formas como esse ingrediente pode ser inserido na alimentação. “Eu pretendo demonstrar que é possível você comer muito bem usando esse grão que é simples, mas que agrega culturas e saberes”, ressalta.
De arroz tailandês a campeiro - O cardápio multicultural do chefe conta com mais de 30 refeições, sendo algumas vegetarianas. A experiência e conhecimendo de Braúlio com o grão é demonstrada nos seguintes pratos feitos por ele:
Arroz tailandês com ervilhas, cenouras e castanhas que é servido no abacaxi; arroz à piamontese com creme de queijo canastra, gran mestre argentino; arroz campeiro com linguiça vegana, fios de couve e ervas frescas; além do arroz mjadra libanês com cebola gratinada e lentilhas.
No mês passado, ele relata que teve a oportunidade de mostrar o trabalho na Feira do Bosque da Paz. "Eu fiz uma conserva japonesa tão suave que até criança comia. É um prato mais nutritivo que um sanduíche e mais sofisticado do que você pode encontrar num restaurante”, comenta.
Neste mês, Braúlio volta a participar da Feira do Bosque da Paz no dia 18. O evento acontece das 16h às 14h na Rua Kame Takaiassu, 500, no Carandá Bosque.
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