Café no estilo europeu abre as portas com móveis à venda no menu
Além de uma decoração cheia de antiguidades (toda à venda), estabelecimento tem caipirinha de café e capucccino de Amarula no menu
Três mesinhas, uma série de antiguidades na vitrine e um cardápio logo na entrada sugerem que o espaço é daqueles que te faz voltar no tempo, mas sem deixar a doçura de lado. Na Rua Alagoas esquina com Rua Abrão Júlio Rahe, a porta da nova cafeteria se abre com playlist francesa e o mobiliário deixa explícita a inspiração nos cafés europeus. Mas o que chamou atenção mesmo foi o mobiliário: incrivelmente à venda.
Dá para tomar um cafezinho e levar para casa um tradicional racamier, chaise ou mesa clássica de madeira, sendo boa parte com estofamento em capitonê. Peças com ar de elegância que contrastam com o vintage da decoração nas paredes, que abrigam desde molduras da década de 60 a castiçais e peças de bronze italianas.
De um lado o que não falta são pingentes decorativos, louças de porcelana, cristais, quadros, bibelôs antigos (alguns da década de 50), revistas de moda com mais de quatro décadas de existência e muitos quitutes ensacados à venda, com nomes que tiram da gente um sorriso, por exemplo: ‘goiabinhas apaixonadas’ e ‘suspiros da saudade’.
Aliás, saudade é bem o que os donos buscaram despertar na clientela desde o início com a decoração, a caixa registradora que funciona diariamente no balcão, o baleiro com docinhos de boteco e o nome do local “Doce Lembrança”. “Você pode até não gostar de móvel antigo, mas nele você encontra beleza, charme e memórias. Justamente por isso eu quis unir os móveis antigos com a cafeteria”, explica o sócio proprietário e jornalista Whelton Borges, 43 anos, que inaugurou o local em sociedade com a jornalista e publicitária Leda Ribeiro, 54 anos, que também é proprietária do Brechó Arco da Velha, em Campo Grande.
Whelton mantinha a loja de móveis antigos e restaurados no mesmo endereço há dois anos. Quando reencontrou Leda, que um dia foi sua professora, e descobriu a paixão dela pelos móveis antigos é que os dois passaram a formular a história da cafeteria.
“A proposta era ter algo semelhante com o charme dos cafés europeus, com um toque de aconchego e calmaria”, explica Leda, que em breve pretende trabalhar eventos que agreguem grupos de leitores, já que o espaço além de sabor e arquitetura oferece calmaria para ler um bom livro no período da tarde.
Além do mobiliário, uma das paredes da casa é galeria de arte, onde atualmente está exposta uma coleção do arquiteto Luis Pedro Scalise. “Em breve teremos exposição de outro artista, a ideia é também compartilhar arte com os clientes”.
Menu – O cardápio da casa tem cafés, doces e salgados, todos fatiados ou montados na hora. Dá para escolher, por exemplo, pão de queijo com algumas das opções de caldas, geleias e pastas.
Já na lista de bebidas quentes tradicionais você encontra o cappuccino, café aromatizado com amêndoas, nozes ou menta, o típico pingado, cappuccino com canela, chocolate ou com borda de Nutella.
Os mais personalizados levam álcool, mas não ao ponto de embriagar numa só dose. Tem café e cappuccino com uísque, conhaque e Amarulla.
Para quem gosta de algo mais refrescante, no cardápio de drinques gelados tem até caipirinha de café e gin tônica de café, acredite.
Os aperitivos têm um toque de boteco da esquina, com carne louca com pão, espetinho de salame, espetinho de salsicha e espetinho marguerita. Algo mais próximo do sofisticado é a porção de queijo brie ou queijo camembert.
Quem quiser conhecer o espaço, a cafeteria fica na Rua Alagoas, 955, Jardim dos Estados. O horário de funcionamento, no momento, em decorrência da pandemia, é das 14h30 às 20, de segunda a sábado.
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