Com castanha e água na base, Laís cria desde requeijão a cheesecake
Produção começou por necessidade própria e, hoje, os itens estão se espalhando até por cafeterias
Em 2020, Laís Lunardon cansou de ficar refém dos queijos vegetais industrializados e começou a pesquisar sobre esse universo para satisfazer o próprio gosto. Com o tempo, a produção interna se tornou um negócio e, hoje, usando castanha, água e sal na base, ela cria desde requeijão até cheesecake.
Antes da criação dos queijos vegetais entrar na vida de Laís, que é nutricionista, ela narra que a história realmente começou em 2017. “Eu decidi que queria reduzir ao máximo o meu consumo de produtos que tivessem origem animal por diversos motivos, entre eles a conservação do meio ambiente, a crueldade animal e também para melhorar minha saúde”.
Com essa mudança, a nutricionista explica que não sentiu falta das carnes e derivados, mas o queijo foi um problema. Consumindo produtos de marcas grandes e industrializadas, Laís pontua que a tabela nutricional, a lista de ingredientes e o sabor não agradavam.
“Pesquisando, eu descobri que principalmente fora do Brasil, os queijos feitos com castanha estavam sendo produtos e, em 2020, comecei a fazer cursos e me aventurar nos testes”, explica Laís.
Já no ano seguinte, tendo um bom produto, a nutricionista começou a distribuir para amigos com uma produção pequena e caseira. E, o que seria uma solução particular, se transformou na Keijú, a empresa de Laís.
No caso da nutricionista, a produção dos queijos tem como base a castanha de caju fermentada, água e sal, levando temperos em alguns casos. Além disso, o requeijão vegetal leve limão e azeite de oliva extra virgem.
Apesar dos ingredientes parecerem simples, todos os queijos passam por uma fermentação de 30 a 45 dias, como detalha Laís. Retornando à história do negócio, após se consolidar com os queijos e requeijão, a nutricionista decidiu investir em itens de confeitaria.
“Depois de muitos testes e degustações, chegamos ao produto que queríamos, a nossa Keijúcake. É a nossa versão vegetal da tradicional cheesecake, um doce que para mim tem muita memória afetiva, pois minha mãe faz a melhor cheesecake do planeta”, comenta Laís.
E, para comprovar que o produto realmente era bom, a nutricionista conta que até pela família ela passou os testes. “Foi super aprovada no rígido crivo da família, inclusive do meu pai que tem muita resistência com qualquer coisa que fuja do tradicional”.
Atualmente, o cardápio de Laís conta com cheesecake sabor frutas vermelhas, ganache de chocolate, goiabada, lótus caramelo e Oreo.
Outro ponto é que além de produzir para venda individual, os itens de Laís estão se espalhando pela cidade. Enquanto toasts com o requeijão vegetal estão presentes na Trigou, no Bem Te Vi Café agora possui um prensado.
Sobre os valores, o queijo vegetal tradicional custa R$ 50, o defumado R% 55, queijo bolinha com tempero sabor zaatar, pápricas com pimenta calabresa ou chimichurri custam R$ 40. Por último, o requeijão cremoso custa R$ 30.
Mais informações sobre os produtos podem ser consultados pelo perfil do Instagram @keijuveg.
Confira a galeria de imagens:
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).