Com poesia de Manoel e ‘dom’ de Stella, neta encontrou arte em cestas
Após trabalhar por 15 anos como servidora pública, Joana L. de Barros se voltou para a beleza da culinária
Vendo a culinária como uma forma de encantar, a neta de Stella e Manoel de Barros, Joana Andrade Leite de Barros encontrou sua forma de arte em cestas de frios e para café da manhã. E, garantindo que herdou o “gosto pela belo” de ambos os avós, as lembranças na cozinha e convivência com dona Stella é que se tornou a homenagem através do nome que representa a nova jornada.
Após trabalhar por 15 anos como servidora pública, Joana narra que estava infeliz por não fazer o que queria e tampouco saber o que gostava. “Sempre amei cozinhar e receber amigos. Olhava receitas de aperitivos e na Internet e reproduzia em casa”, e, assim, a nova profissão começou a surgir.
Atualmente, Joana trabalha com box de frios e bebidas, estas a partir de R$ 159. Já as cestas de café da manhã, café kids e café da manhã com bentô partem de R$ 245.
Em cursos para montar caixas de frios com bebidas e, em seguida, café da manhã, ela explica que conseguiu se encontrar. Assim, durante as aulas, a necessidade de um nome foi se tornando constante e, relembrando a convivência em casa, dona Stella foi homenageada pela neta mais uma vez.
Assim como o nome da empresa se tornou “Donna Stella Cestas Especiais”, a filha de Joana também foi presenteada com o nome da avó.
“Sou a única neta mulher da vovó Teia e do vovô El, como todos chamávamos. Eles sempre foram muito carinhosos. É um privilégio ter Manoel de Barros como avô, mas dentro de casa ele era só nosso vovô El, sempre atento às nossas conversas. Ele mais ouvia do que falava, mas quem comandava a casa e a família era mesmo a dona Stella”, explica Joana.
Apaixonada pela avó, a neta comenta que Stella sempre fez de tudo e mais um pouco por ela. “Eu amava a companhia e as conversas com ela. Era forte, corajosa e muito, muito amorosa. Cuidava de todos”.
Além das conversas, Joana observa que talvez o gosto pela culinária tenha surgido na cozinha da família de Barros. Isso porque dona Stella, como a neta conta, era uma mineira que realmente gostava de mesa farta.
“Comida boa, casa cheia, gostava de cozinhar e receber. Acho que veio daí o gosto pela cozinha, sempre fazíamos comida juntas. A mãe dela morreu quando tinha apenas três meses, então ela nem a conheceu. Ela falava ‘deve ser tão bom ter mãe, né? Por isso ela fazia tudo por todos”, relembra a neta.
Detalhando sobre o convívio com os avós, Joana explica que era próxima tanto de Manoel quanto de Stella. Mas, devido à rotina do poeta, o tempo com a avó se tornava maior.
Conforme Joana explica, Manoel estava “sempre pensativo, escrevendo em seu escritório. Ele era todo regrado. Acordava, tomava café e subia para escrever. Descia 12h, almoçava, descansava. À tarde, ia para o escritório da fazenda ou subia novamente para escrever. O tempo com minha avó era maior. Então, quando pensei ‘Donna Stella Cestas’, fluiu. Tive certeza que era o nome perfeito”.
E, unindo os gostos, preferências e paixões deixados tanto por Manoel quanto por Stella, a neta resume que os dois viviam suas poesias e repassavam os detalhes para a família.
“É uma arte, né? Acho que essa foi a herança mais importante dos meus avós. O gosto pelo belo, pelo encantador. E minhas cestas não deixam de ter uma poesia. “Beleza e glória das coisas o olho é que põe”, resume Joana sobre a relação que aprendeu a construir com a vida.
Para conhecer mais sobre as cestas e verificar as opções disponíveis, o perfil de Joana no Instagram é @donnastellacestas.
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