Conceito slow food chega à Capital para fazer frente ao mercado fast food
Os nomes são compostos pela mesma palavra americana, mas o conceito de cada termo é totalmente distinto. Para combater os efeitos trazidos à saúde pelo famoso fast-food, comida conhecida por ser pouco nutritiva e bastante gordurosa, a associação Slow Food diz que vem na contra mão "do ritmo frenético do cotidiano", dando ênfase à "ecogastronimia", outro daqueles conceitos politicamente corretos.
A entidade agora tem um braço em Campo Grande e prega, entre tantas mudanças, uma agricultura com menor impacto no meio ambiente e a redução do uso dos pesticidas. Mas no que diz respeito ao sabor, o que os membros pretendem é trazer de volta a força da cozinha regional, com pratos que, além do gosto peculiar, têm muito sobre a cultura de cada Estado.
O grupo defende também mais tempo de convívio, coisa que em lanchonetes rápidas também se perdeu. "Uma nova gastronomia, que começa com a escolha dos alimentos e a forma de produção, respeitando o meio ambiente e os produtores artesanais, chegando até a mesa, onde a convivência e a celebração são fundamentais", argumenta a associação.
Criada em 1989, o Slow Food não tem fins lucrativos e prioriza alimentação saudável preservando o toque regional de cada lugar, sem prejudicar o meio ambiente. A “filosofia” da associação é dar a devida importância ao conhecimento do processo gastronômico por meio de informações, propagando técnicas de cultivo e processamento de herdados por tradição.
Ao todo, são mais de 100 mil associados ao redor do mundo, mas agora não será necessário sair de Mato Grosso do Sul para se aproximar da entidade. Interessada em trazer o cnceito para perto, a chef Magda Moraes lidera o grupo Convivium Slow Food em Campo Grande. Profissional há 20 anos, ela levantou a bandeira sul-mato-grossense e priorizará a culinária regional.
Quem quiser conferir de perto e conhecer mais sobre o Slow Food, pode ir amanhã à terceira reunião do grupo, onde serão apresentadas propostas para ações locais que colaboram com ações globais, como é o caso do Projeto Slow Fish MS.
O programa é voltado ao estímulo do consumo de peixe em regiões onde o pescado tem maior aceitação no cardápio. O encontro ocorre no Espaço Gourmet Panelinha Mágica às 19h30.
Como funciona - Os líderes do Slow Food organizam grupos locais e, sob coordenação deles mesmos, realizam periodicamente uma série de atividades como oficinas de educação alimentar para crianças, palestras, degustações, cursos, jantares e turismo enológico e gastronômico, assim como apoiam campanhas lançadas pela associação internacional.