Em casa, Clau mudou de vida criando mais de 10 sabores de pamonha
Além da tradicional, ela faz pamonha com linguiça, pimenta, bacon e requeijão e bolo de milho sem glúten
Em casa, Clau Silva, de 38 anos, começou a fazer pamonha para vender na vizinhança no ano de 2016. A produção foi a alternativa que ela encontrou para acompanhar a filha no hospital e continuar trabalhando. A Pamonha Vó Ciça seria algo temporário, mas hoje é a paixão da empreendedora que faz planos de exportar o produto para Miami, nos Estados Unidos.
A Clau sabe preparar doze sabores de pamonha divididas entre salgadas, doces e agridoce, porém começou com a tradicional que todos conhecem. Nos últimos sete anos muita coisa mudou na vida de Clau, que concluiu os estudos e se formou em gastronomia.
A empresa começou com dois sacos de milho, fogão industrial, panela e peneira que Clau comprou após receber o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Ela comenta que na época não queria depender de nenhum programa de assistência e foi incentivada por uma amiga.
“Pelo fato de ter quatro filhos, não ter profissão e escolaridade, as pessoas me mandavam muito pra assistência e falavam que eu tinha direito ao Bolsa Família. Eu achava meio indigno uma mulher com saúde e jovem pedir na prefeitura, então eu queria trabalhar, mas não tinha profissão e uma amiga deu ideia de fazer pamonha”, afirma.
De primeira a venda de pamonhas foi um sucesso e os clientes iam até a casa da Clau retirar as encomendas. Apesar da boa demanda, Clau conta que era constantemente desmotivada por um namorado da época. “Me envolvi com uma pessoa que falava que pamonha não dava dinheiro e perguntava quando eu teria uma profissão. Eu sofri muito abuso psicológico, as pessoas perguntavam se eu tinha vergonha de vender pamonha", diz.
A guinada na produção veio com a motivação de Clau em querer inovar e vender a melhor pamonha para o público. A empreendedora comenta que todo ano se dedicava a criar novo sabor para o menu. “Eu comecei a pesquisar o que combinava com o sabor do milho, como era uma pamonha gourmet boa mesmo. Aí foi surgindo todo ano lançava um sabor novo, lançamos vários sabores”, fala.
O menu traz doze opções, sendo a primeira no estilo tradicional, mas nos sabores: doce pura, doce com queijo, doce com coco, sal puro, sal com queijo e sal com linguiça. Já as especiais são: doce com queijo e coco, doce com queijo e goiabada; sal com linguiça e queijo; sal com bacon e requeijão, pimenta e jiló.
Além das pamonhas, Clau oferece outras receitas para o público experimentar. "Também temos cural, bolo de milho na palha livre de glúten e de lactose e uma sopa paraguaia com uma receita própria que desenvolvi para agradar o público do Norte do estado", destaca.
Outro orgulho da empreendedora é que desde 2018 ela realiza cursos e foi convidada a realizar palestras onde fala sobre a trajetória da empresa. “Eu fui buscar mais networking e foi então que me consolidei de verdade. Há um ano o Sebrae me convidou para sair pelo Mato Grosso do Sul contando minha história de coragem e empreendedorismo. Eu me tornei palestrante”, afirma.
Com as pamonhas, ela espera chegar a lugares mais distantes de Mato Grosso do Sul e, quem sabe, do Brasil. "Esse ano optamos por dar um passo ainda maior. Entramos no projeto da agroindústria do Senar e fomos convidados para participar do programa de exportação. Nós estamos dentro desse projeto para começar nossa indústria e poder exportar. Primeiro mercado que temos como opção é Miami", celebra.
Moradora de Chapadão do Sul, Clau traz semanalmente as pamonhas para as feiras em que participa na Capital. No domingo (04), ela estará na Arena Cultural, a partir das 16h, na Rua Marquês de Lavradio, 399, Bairro Tiradentes e na Mixturô, a partir das 16h, na Rua Jeribá, 1052, Bairro Chacára Cachoeira.
Quem quiser garantir as encomendas, o contato no WhatsApp é (67) 9.9800-6228
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).