Em ônibus, povo come 'vira-lata' com batata e 'pitbull' cheio de cheddar
Na Avenida Afonso Pena, lanches ganharam nomes de cães e cada um traz ingredientes diferentes
Nos altos da Afonso Pena, principal avenida de Campo Grande, o Food Bus seria só mais um lugar na cidade para consumir lanche se não fosse o menu cheio de nomes curiosos. Na sessão de cachorro-quente, o cliente pode escolher entre o labrador com muito molho e duas salsichas ou o bulldog acompanhado de calabresa e cheddar.
Em frente ao Museu das Culturas Dom Bosco, no Parque das Nações Indígenas, o ônibus tem lugar cativo há 10 anos. Fábio Dias, de 51 anos, é o proprietário do negócio que abre de segunda a segunda das 18h às 00h.
Natural de Jales (SP), Fábio relata que comprou o lugar após ficar impossibilitado de dirigir. “Na Afonso Pena entre o primeiro e segundo proprietário o Food Bus tá com 22 anos e eu assumi o ponto há 10 anos. Eu tinha um caminhão, na época tive um problema de saúde, não podia dirigir mais e apareceu esse negócio pra eu tocar”, conta.
Ao assumir o ponto, Fabio seguiu o menu à risca, mas depois de um tempo fez a primeira do que seria uma série de alterações. “Os outros lanches onde tinha os tradicionais x-salada, x-egg, x-especial eu coloquei bus por causa do ônibus. Aí ficou bus-salada, bus-egg e quando chega alguém de fora que não entende eu falo: ‘ó, tira o bus, bota o x que você vai entender”, fala.
Esses nomes, contudo, estão longe de surpreender quem folheia as páginas do cardápio até ler que um vira-lata coberto por batata palha custa R$ 10. O cachorro-quente da casa foi batizado com raças diferentes, sendo que cada um é preparado e servido com ingredientes diferentes.
Dividido nas versões com molho ou sem, os lanches da primeira categoria são: Vira lata, labrador, poodle, husky, pug, bulterrier, boxer e rottweiler. Já os prensados são: Pinscher, beagle, basset, buldog e pitbull.
O mais simples é o vira lata que leva pão, salsicha, molho vermelho, milho, molho de alho e batata palha. O completo é o pitbull preparado com pão, salsicha, bacon, calabresa, milho, batata palha, molho de alho, catupiry e cheddar. O preço dele é R$ 22.
O vira-lata, segundo Fábio, foi o primeiro a integrar o cardápio e depois os outros foram criados a pedido de clientes. “Hoje tem cliente que chega aqui e fala lá o nome da raça. Teve cliente meu que falava: ‘Faz um bulterrier’. Aí foram botando o nome, começaram a pedir e fui inventando os hot dogs”, explica.
Inspirado nos lanches servidos na cidade natal, Fábio explica que colocou à disposição do público sabores de cachorro-quente que vão além do básico. “No interior do estado de São Paulo tinha hot dog com calabresa, bacon, com molho de carne moída, frango, tem vários tipos na região”, fala.
O proprietário pontua que utiliza ingredientes de qualidade na produção dos lanches. “Uma coisa muito importante que faço aqui e prezo muito é que a salsicha só se for da Seara e Perdigão. Não uso outra em hipótese nenhuma, porque tem salsicha que se for uma porcaria barata a pessoa come e sai mal”, destaca.
Além do cachorro-quente, o lugar serve lanches gourmets de ponta de costela, cheddar especial, filé mignon e pastéis no tamanho de 24 centímetros. Outro item, que tem bastante saída, é a torre de batata frita. A torre também é servida com catupiry, cheddar, queijo prato e borda de salada.
Quem quiser conhecer e experimentar as opções do cardápio, o ônibus fica estacionado em frente ao Museu das Culturas Dom Bosco. O horário de funcionamento é de segunda a segunda, das 18h às 00h.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).