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Sabor

Geladinho era para ser passatempo e virou liberdade sem chefe

Aos 49 anos, Lenise conta que decidiu abandonar carteira assinada quando viu a renda aumentar

Aletheya Alves | 31/05/2023 06:53
Geladinhos contam até com geleia produzida por Lenise na receita. (Foto: Divulgação)
Geladinhos contam até com geleia produzida por Lenise na receita. (Foto: Divulgação)

Há quatro anos, Lenise Ramires dos Santos decidiu trocar a carteira de trabalho assinada para tentar a vida sem chefe. Na época, ela era secretária e, pouco a pouco, viu que vender sua receita de geladinho é o que conquistaria um futuro mais tranquilo.

Quando fala que trocou o serviço mais padronizado pela venda dos geladinhos, a empreendedora explica que muita gente imagina aquele produto simples, comercializado na infância. A diferença é que, para conseguir se manter sendo a própria patroa, Lenise narra que criou uma “sobremesa no saquinho”.

“No início, eu precisava de uma fonte de renda extra porque o salário fixo não estava sendo suficiente para pagar as contas. Com o tempo, eu vi que foi crescendo, as vendas foram melhorando e as pessoas não queriam só para o fim do dia, quando eu saía do trabalho”, explica.

Sem criar ilusões relacionadas a abrir o próprio negócio, Lenise comenta que deixar de lado uma segurança mais aparente para investir nos geladinhos gourmet não foi tarefa fácil. Desde acreditar em si mesma até precisar mudar os horários de serviço, tudo entrou no pacote.

Depois de vida com carteira assinada, ela decidiu ser a própria chefe. (Foto: Arquivo pessoal)
Depois de vida com carteira assinada, ela decidiu ser a própria chefe. (Foto: Arquivo pessoal)

Apesar disso, a empreendedora comenta que o medo precisou ser engavetado para conseguir seguir no caminho que havia imaginado. “Sempre existe o medo, mas acho que tive muito apoio do meu marido, da minha filha, eles me apoiaram muito e sempre dizendo que ia dar certo”.

Depois de entender que realmente era isso o que gostaria de fazer, Lenise começou a investir mais em maquinário para dar conta de preparar melhores receitas. Hoje, por exemplo, cada geladinho demora cerca de quatro horas para ficar pronto e envolve uma série de etapas.

“Todos são feitos um a um, de forma artesanal. Por exemplo, alguns possuem uma geleia e ela não é comprada pronta, sou eu quem faço”, relata sobre os processos de produção. Na época em que começou, a própria casa era usada para a criação, mas atualmente o cenário é bem melhor.

No cardápio, há três tipos de sabores, sendo o gourmet por R$ 6, premium por R$ 7 e supremo por R$ 8. Na primeira categoria, há as opções de ninho com morango, ninho com nutella, morango com nutella, oreo, tutti frutti, café trufado, ovomaltine, abacaxi cremoso, paçoca e pavê de limão.

Integrando os geladinhos “premium”, há opção de pudim, ouro branco, prestígio e mousse de maracujá. Por último, o geladinho “supremo” é feito com kit kat.

Geladinho sabor KitKat é o mais elaborado entre as opções de Lenise. (Foto: Divulgação)
Geladinho sabor KitKat é o mais elaborado entre as opções de Lenise. (Foto: Divulgação)

De acordo com Lenise, o quarto de um dos seus filhos foi tomado por bandejas e equipamentos de cozinha. Mas, como o negócio deu certo, até um espaço maior foi necessário para comportar toda a produção.

No último mês, mais de mil itens foram produzidos e vendidos, contra menos de 200 comercializados no início da produção.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Lenise, os pedidos podem ser feitos através do perfil no Instagram @supremogeladinhogourmet.

Confira a galeria de imagens:

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