Há seis anos, dupla conquistou bairro com salgado e sopa paraguaia
No Maria Pedrossian, eles vendem toda tarde cerca de 200 salgados para a vizinhança
Há seis anos, o casal João Ricardo Gondim, de 64 anos, e Elisabeth Mendes Gondim, de 61 anos, começou a vender salgados no Bairro Maria Aparecida Pedrossian. Após um começo um pouco difícil, eles veem o resultado do trabalho diariamente quando uma fila de pessoas se forma em frente de casa.
Enquanto ela faz os salgados vendidos a R$ 6 a unidade, ele fica responsável pelas vendas. De segunda a sexta, eles reservam o período da tarde para receber os clientes que chegam aos montes após às 17h, que é o período que pais buscam os filhos na escola.
Eles vivem essa rotina há quase três anos, mas antes o serviço era diferente. Ricardo pegava o carro e passava de casa em casa oferecendo os salgados que também eram vendidos em comércios. Ex-representante comercial, o homem tinha experiência e após ficar sem emprego usou isso e a simpatia para conquistar a vizinhança.
“Eu comecei isso aqui com R$ 72 que meu filho me emprestou. Eu falei pra ela: ‘Faz um pouquinho de salgado que vou sair vendendo’. Eu lavei o carro, deixei um brinco, no porta-malas coloquei uma toalha branca e as coisas”, recorda.
Na época, ele conquistou os primeiros clientes aos poucos, apresentando os salgados e combinando que sempre que a pessoa quisesse era só garantir a encomenda pelo grupo do WhatsApp. “Nas casas chegava e falava: ‘Ô senhora não vim pra vender, vim pra você me conhecer. Eu sou o Ricardo, vendo salgado, entrego, por gentileza vem conhecer’. Foi assim que começou”, afirma.
As entregas de salgado foram interrompidas depois da cirurgia que impossibilitou Ricardo de dirigir. As atividades iriam ficar suspensas por 45 dias, mas os clientes não aguentaram ficar todo esse tempo sem os salgados. No 20º dia o pessoal começou a se oferecer para retirar o produto na porta do casal.
No primeiro dia de venda em frente de casa a surpresa foi ver que a fornada de salgados não deu conta. O vendedor comenta como naquela ocasião a mensagem no WhatsApp repercutiu. “Eu falei pra ela fazer um pouquinho de salgado e coloquei no grupo, fiz uma arte que estaria atendendo no portão da minha casa. Veio tanta gente que acabou em 15 minutos”, fala.
Nos dias seguintes, Elisabeth foi dobrando a produção que nunca parecia ser suficiente para a quantidade de clientes. Hoje, diariamente, ela faz 200 salgados que são vendidos para o público que leva para casa ou aproveita para comer nas mesas dispostas na calçada.
A receita que mais faz sucesso é a sopa paraguaia preparada às sextas-feiras. Nos demais dias, o público encontra risoles de carne, frango, esfiha de carne e frango, enroladinho de presunto e queijo, calabresa e queijo e salsinha e queijo. Para completar, eles também preparam sanduíche natural.
A esfiharia do casal fica localizada na Rua João Francisco Damasceno, 726, Bairro Maria Aparecida Pedrossian. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 15h às 19h15.
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