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Sabor

Henrique até tentou fugir do café, mas agora só falta plantar os grãos

Em oito anos, o empresário saiu do atendimento ao público e agora tenta emplacar com fornecimento dos grãos

Aletheya Alves | 25/09/2022 08:23
Henrique Ianoze trabalha com torrefação de grãos especiais de café. (Foto: Arquivo pessoal)
Henrique Ianoze trabalha com torrefação de grãos especiais de café. (Foto: Arquivo pessoal)

Em oito anos, Henrique Ianaze teve sua própria cafeteria, tentou fugir do ramo e, depois de muitos reencontros, agora só falta mesmo é plantar os grãos. Sem conseguir abandonar o amor pela bebida, ele viu a oportunidade de trabalhar nos bastidores e se tornar um dos primeiros a fazer torrefação de cafés especiais em Campo Grande.

Formado em gastronomia, Henrique conta que sempre foi apaixonado por educação sensorial. Por isso, depois de deixar o atendimento em cafeteria, resolveu ir para São Paulo tentar algo novo, mas os caminhos não ajudaram muito.

“Minha história com o café é de uma coisa que entrei e não consegui sair. Fui para São Paulo dar uma pausa, mas quando cheguei lá acabei indo trabalhar na torrefação de uma empresa exportadora”, conta Henrique.

Como se fosse o trabalho de bastidores, a torrefação é uma das primeiras etapas da cadeia do café. Na prática, os grãos crus são colocados em contato com o calor através de uma máquina e, sem cozinhar ou queimar o produto, é necessário fazer com que cheguem ao ponto adequado.

Formado em gastronomia, ele conta que até tentou fugir do café, mas não conseguiu. (Foto: Arquivo pessoal)
Formado em gastronomia, ele conta que até tentou fugir do café, mas não conseguiu. (Foto: Arquivo pessoal)

Em São Paulo, Henrique trabalhou empacotando cafés e participando dos controles semanais de qualidade. Durante os quatro meses de experiência, ele começou a entender como funcionavam as grandes torrefações.

Ainda nesse tempo, o empresário trabalhou em alguns eventos como barista e, em 2019, se aproximou com os métodos de torrefação em outra empresa. Com a chegada da pandemia, em 2020, ele imaginou que viria para Campo Grande como mais uma pausa no café, mas viu novas oportunidades por aqui.

“Voltei para cá e não queria trabalhar com café novamente durante a pandemia, mas acabei vindo para essa nova área. Tentei fugir do café nesses oito anos, mas voltei e agora estou nos bastidores”, diz Henrique.

Ao lado de seu sócio, Daniel Barbieri, Henrique abriu o Ramita Cafés e, focada nos processos anteriores ao atendimento do público, a empresa só falta plantar os grãos.

Henrique abriu o Ramita Café ao lado de seu sócio, Daniel Barbieri. (Foto: Arquivo pessoal)
Henrique abriu o Ramita Café ao lado de seu sócio, Daniel Barbieri. (Foto: Arquivo pessoal)

“Muita gente pergunta se eu não planto os grãos, mas Mato Grosso do Sul ainda não tem essa prática por diversos motivos. Então fazemos uma seleção de grãos especiais de fora de Estado e trazemos para cá. Aqui nós temos a torra personalizada, então a diferença é esse produto muito fresco”.

Antes da chegada dos grãos crus, Henrique faz o processo de escolher cada fornecedor com ajuda de uma curadoria e, em Campo Grande, a “mágica” acontece. “Nós colocamos os grãos em uma máquina e, dependendo de cada café, a torra é feita de uma forma. O cuidado é para não passar do ponto e dar um sabor especial e adequado para cada um”.

Disponível para compra a granel e também em pacotes fechados, os cafés especiais do Ramita são rotativos. Atualmente, a empresa possui o “Encorpado”, que é um catuaí vermelho do Sul de Minas, custando R$ 13 os 100 gramas a granel, além do “Amazônico”, um café robusta da Zona da Mata de Roraima. Este último custa R$ 9 a granel.

Além do processo de torra, os sócios também trabalham com cursos para quem deseja abrir sua própria cafeteria, além de abordar assuntos como a educação sensorial.

Para conhecer mais sobre o Ramita Café e conferir os produtos disponíveis, é só acessar o perfil da empresa, @ramitacafes.

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