Lu não aceitou ‘perder’ para bolo e fez muita receita até pegar o jeito
Luciana deixou a Psicologia com o desejo de através dos bolos despertar memórias afetivas nas pessoas
Formada em Psicologia, Luciana Tavares Siqueira Santos, de 44 anos, mudou de profissão mais de uma vez antes de se realizar fazendo bolos caseiros. A produção começou antes da ‘Lu’ pensar em ter loja e durante muito tempo os bolos eram feitos para amigos ou para acompanhar reuniões da tarde regadas a café.
A mulher que diz gostar de desafios acredita que cozinhar é uma forma de amor, por isso, não queria fazer bolos iguais ao que todo mundo faz. Antes de dominar as receitas, a confeiteira jogou muita massa fora, além de fazer o marido, filhos, parentes e amigos experimentarem as invenções.
Há 4 anos, ela começou o negócio ‘Lu Cravo e Canela’, no qual produz semanalmente 12 sabores de bolo, além de chipas e pães caseiros. Ela comenta que tudo começou em Goiás.
“Quando fui pra Goiás comecei a trabalhar na psicologia, mas nesse meio tempo tinha amigos, a gente fazia bolo e eles gostavam muito. Em casa eu fazia bolo de aniversário pra todo mundo e o predileto dos meus irmãos era o bolo sujo, porque é aquele que você molha bastante”, conta.
Psicóloga da subsecretaria de educação do município, Lu deixou o emprego e retornou para Campo Grande por causa da mãe. “Eu vim sem emprego, sem nada. Não arrumei emprego e o que fiz? Pão caseiro, bolo, empadão”, fala.
Quando começou a aceitar encomendas de bolo, ela fazia somente três receitas: banana com canela, formigueiro e mesclado. Após fidelizar clientes de salão de beleza, ela entrou de vez no ramo da confeitaria para nunca mais sair. Os testes de receita em casa ganharam força durante o período em que Lu fez curso e aprendeu a criar mais sabores.
O mais complicado entre eles, segundo a confeiteira, foi o de fubá. “Eu gosto de desafio e eu falava: ‘Eu não vou perder pra um bolo’. O bolo de fubá é um que todo mundo gosta. Aí eu acertei a receita dele, acho que joguei umas quatro receitas fora até acertar”, recorda.
A empreendedora relata que sempre foi motivada pelo desejo de despertar memórias afetivas com um pedaço de bolo. “Eu não queria bolo igual todo mundo faz, eu queria bolo que tivesse diferencial, que a pessoa comesse e falasse assim: ‘Nossa, fui lá na casa da minha mãe agora'”, explica.
Além da questão afetiva, ela ressalta que a comida também tem o poder de unir as pessoas. “A comida tem essa questão de unir as pessoas, a comida tem isso, é na mesa que acontece os papos, as risadas mais gostosas, as lembranças que você tem em família”, destaca.
De laranja a maracujá - A produção artesanal dos bolos acontece no ateliê que Lu tem em casa. Ao todo, são 12 sabores, sendo eles: fubá, laranja, formigueiro, capuccino, mesclado, paçoquinha, banana com canela, maçã com canela, coco, maracujá e milho.
Já as coberturas são de limão, maracujá, ninho, chocolate e doce de leite. Apesar do menu fixo das coberturas, Lu garante que embarca em qualquer mistura que o cliente quiser, por exemplo, bolo de fubá coberto de chocolate.
Nos tamanhos ‘baby’ e grande, os bolos custam R$ 15 e R$ 25. Os preços são diferentes para quem quiser fechar pacote de quatro bolos por semana. Em casa, ela também faz pão caseiro, chipas e tortas.
O contato para pedidos é (67) 9.8464-9076. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 11h e das 13h às 18h.
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