Maná mirou no pudim e acertou no buraco quente com recheio generoso
Com sonho de emprender, ele vendia sobremesa no bairro e desde junho serve o lanche na Feira Central
Manassés Martins Meneses, de 21 anos, diz ter nascido com espírito empreendedor. Com vontade de fazer algo diferente, ele, aos 19 anos, começou a vender pudins no Bairro Vila Popular e na Avenida de Castilho. Em junho deste ano, Maná chegou à Feira Central com o sonho de conquistar mais clientes, mas como não podia vender apenas a sobremesa, decidiu fazer o ‘buraco quente’.
No box 42 e 44, ele prepara o famoso lanche feito no pão francês e recheado com carne moída. A porção de proteína é bastante generosa, o pão é crocante e passa pela air fryer antes de chegar ao prato. Além de servir a versão tradicional, o estudante de Direito inventou o buraco quente recheado com doritos e cheddar.
Quem vê o Maná à vontade preparando cada pedido nem imagina que a ideia de fazer buraco quente não era considerada quando procurou um espaço na feira. “Foi uma história engraçada porque quando vim pra cá ninguém tinha box disponível. [...] Quando fui conversar com a presidente ela disse que não poderia vender só pudim aqui porque são dois pontos e são destinados aos salgados. Ela deixaria eu ter o pudim, mas teria que ter algo salgado”, conta.
O ‘dia conturbado’ quase acarretou o fim do sonho de comercializar pudim. Maná conversou com a namorada e amigos, porém foi a dona do quiosque que encontrou a solução. O prato salgado faz parte da rotina do estudante, que diz ter achado a sugestão excelente.
“Sabe quando cai um negócio no seu coração e você pensa: ‘é isso, vou vender buraco quente’. Eu tenho um carinho muito grande pelo buraco quente porque como todo dia, não enjoo, acho muito gostoso. Eu não gosto de vender algo que não gosto”, afirma.
Na Feira Central, Maná oferece cinco opções do lanche pelo valor de R$ 12. O cliente tem a opção de escolher o pão francês ‘in natura’ ou crocante que passa pela air fryer. Todas as opções acompanham o molho de carne moída, porém algumas têm adicionais de bacon, cheddar, calabresa e requeijão cremoso. O favorito da galera mais jovem, conforme o empreendedor, é o buraco quente recheado com doritos e cheddar.
Os pudins, é claro, não poderiam estar fora do cardápio. Desde os 19 anos, ele prepara a receita própria que fez sucesso nas ruas do bairro. O pudim foi o que moveu o jovem a continuar no caminho do empreendedorismo e levar a receita para além do bairro.
Lembrando o início da trajetória, ele relata que desde criança buscou formas de ganhar o próprio dinheiro, mas nunca encontrou o produto certo. “Sempre tive predisposição para querer empreender. Lembro que uma vez viajamos para Santa Catarina, passamos por uma fábrica de cueca e eu falei: ‘nossa, vou sair e vender’. Eu sou músico e teve uma época que comecei a vender acessórios musicais. Já tinha interesse, mas nunca tinha achado algo que me interessasse bastante”, comenta.
Um amigo aconselhou o estudante a começar com os doces pelo custo-benefício. Maná não queria vender brigadeiros por ser algo comum e foi aí que vieram os pudins. “Minha mãe falou que tinha um rapaz que vendia mini pudim em São Paulo. Minha mãe tinha uma receita que gostava muito, mas não consegui trabalhar muito bem e comprei um curso da mulher que é referência em pudim”, recorda.
Maná conseguiu reproduzir a receita só que sentiu falta de algo. “Eu achava muito lindo, mas o gosto era ruim. Eu desenvolvi minha própria receita que é a que faço até hoje”, fala. No cardápio de sobremesa, o público encontra o pudim tradicional, ninho com Nutella, paçoca, milho verde, café, vinho suave, amarula e whisky.
Os mini pudins são desenformados na hora e a cobertura vem em seguida. A receita do jovem é bastante saborosa, além de ser na medida e temperatura certa. No fim, é difícil não sair satisfeito do local. Para dar conta de atender o público, ele recebe o apoio dos pais Marcos Athayde e Ester Angelina.
Quem quiser conhecer e experimentar as receitas, Maná atende no box 42 e 44 da Feira Central. O horário de atendimento é de quarta-feira a domingo, das 17h às 23h.
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