Munguzá traz afeto guardado no cheiro de feiras pernambucanas
Saudade da cultura e amor pela culinária se transformou em empresa criada por Ligia
Mais de 30 anos se passaram, mas Ligia Etaliane Ferreira da Silva nunca esqueceu o cheiro das feiras pernambucanas. Apaixonada pela cultura de onde nasceu, a cozinheira resolveu compartilhar as memórias afetivas através do munguzá, um alimento típico da região.
“Na minha memória, lembro do cheiro do munguzá nas feiras do Nordeste. Um cheiro que sentia de longe que unia leite, leite de coco, manteiga e açúcar”, explica Ligia. Orgulhosa de conseguir traduzir os sentimentos em produtos, a proprietária da Oxente narra que tudo começou graças ao carinho que nasceu junto com ela.
Voltando para a infância, Ligia detalha que nasceu em Palmares, no Pernambuco, mas foi criada em Jaqueira até os oito anos de idade. Após perder o pai, ela, a mãe e a irmã chegaram a viver por um curto período na Bahia, mas acabaram se mudando para Campo Grande por ter família em Mato Grosso do Sul.
Apesar do novo estado ser muito diferente, a cozinheira explica que as memórias vinculadas a Pernambuco nunca foram esquecidas.
“Sou uma nordestina apaixonada pela minha origem e por tudo que o Nordeste representa na sua cultura, culinária, artesanato, enfim, tudo é fascinante. Um povo acolhedor, é uma alegria que contagia. E, por esses motivos, eu quis trazer um pouco do sabor nordestino para essa cidade morena onde faço morada”, comenta Ligia.
Especificamente sobre a relação com os alimentos, ela detalha que toda a família sempre foi apaixonada por uma boa comida, “bem temperada e com muito sabor”. Mas, entre todos, sua maior referência é a mãe, Eliana.
Inicialmente, o cotidiano na cozinha era vinculado aos afazeres domésticos, mas após decidir parar de trabalhar fora para cuidar do filho, se viu encontrando a melhor saída novamente nos alimentos.
Por isso, em 2020, a Oxente foi criada e, sabendo do sucesso que o munguzá fazia entre a família, decidiu compartilhar o sabor com a população em geral. “Sempre fiz para a família e toda vez que fazia, todo mundo amava e levava um pouco. Pensei ‘por que não fazer para vender?’. Não é necessário ser consumidor apenas em tempo de festas juninas, ele pode servir para café da manhã, lanche, ceia, enfim, quando quiser”.
E, para quem fica em dúvida antes de experimentar, Ligia diz que é uma canjica diferenciada. Até porque além de seguir a receita difundida em Pernambuco, o produto foi adaptado com seus “reforços” pessoais.
Em relação aos preços, no tamanho de 500ml, o pote de munguzá tradicional e o com amendoim saem por R$ 20 cada, Há também arroz doce por R$ 17 e sopa por R$ 25.
Além deles, há doce de abóbora em calda, doce de figo e quadradinho de pé de moça por R$ 23. Outras opções são o bolo Romeu e Julieta, bolo docinho, de fubá com goiabada e de figo com doce de leite, todos por R$ 22.
Para mais informações sobre encomendas e produtos disponíveis à pronta entrega, o perfil de Ligia no Instagram é @oxente067.
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