Na varanda de casa, família abre bar com cardápio inspirado em Corumbá
Dizem que para corumbaense tudo é motivo de festa. Por isso, olhando o espaçoso quintal de casa, Vanda Kamis, de 67 anos, decidiu movimentar o lugar. Abriu a cozinha para clientes e criou um restaurante para servir o que aprendeu a gostar na terra as margens do Rio Paraguai.
A corumbaense abriu o “Varandas do Pantanal” em uma das avenidas mais gastronômica de Campo Grande, a Bom Pastor.
Vanda deixou a cidade natal há mais de 20 anos, mas ainda carrega o sotaque marcante, o mais diferente entre os sul-mato-grossenses. Com ela, também vieram receitas de pratos clássicos da Cidade Branca, como “Sarravulho”, criado no Pantanal e feito com fígado de boi e miúdos.
Outras especialidades pantaneiras surgem com muito peixe de água doce. Entre elas, está o Pintado ao Molho de Camarão, acompanhado pela farofa de banana, por R$ 40,00.
Como a fronteira é outra importante influência, a casa corumbaense oferece também saltenhas bolivianas, com cinco unidades ao preço de R$ 20,00.
Para Vanda, a culinária não tem segredos, é questão de “vivência”. “Casei sem saber cozinhar, mas a gente aprende”, conta.
A ideia segundo ela surgiu há 3 anos, para criar um espaço informal, apenas para receber os amigos. Mas de boca em boca o negócio ganhou fama e hoje tem capacidade para receber até 100 pessoas por noite.
O espaço familiar é dividido com os clientes de terça a sábado, a partir das 18 horas. É cobrado couvert artístico de R$ 3,00. A casa não foi reformada, apenas adaptada, conta Vanda, que construiu dois banheiros no local e preservou no centro do quintal a árvore que já existia.
Para ela, corumbaense gosta é de samba e é isso que anima os finais de semana na casa. “Somos os cariocas do Pantanal”, brinca.