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Sabor

Pegue seu varão e aproveite: vizinhos estão loucos para liberar a fruta

Quem tem pés de manga conta que, em geral, a fruta sobra e ninguém dá conta de consumir tudo

Aletheya Alves | 23/11/2022 06:52
Carlos conta que o período do "varão" realmente chegou. (Foto: Aletheya Alves)
Carlos conta que o período do "varão" realmente chegou. (Foto: Aletheya Alves)

Da região norte até sul da cidade, os pés de manga estão cheios e quem tem a fruta em casa conta que não está dando conta. Por isso, quem gosta já pode pegar seu varão e aproveitar, porque os vizinhos estão loucos para liberar a fruta.

Para ajudar você que tem mangueira em casa ou sabe de alguma no bairro que esteja gerando desperdício, o Lado B criou um mapa interativo. Nele, você indica o endereço da árvore e sugere para quem estiver em busca da fruta.

Dono de uma floricultura na Rua Vasconcelos Fernandes, Carlos Henrique Rodrigues Pereira brinca que nesse período do ano os clientes aparecem até por conta das mangas. “Tem gente que está só de passagem e para porque vê as mangas. Todo dia alguém vem aqui, aí comenta e acaba pedindo”.

Acostumado a fazer doações, Carlos explica que a árvore garante frutas ao menos duas vezes ao ano, mas que em novembro a quantidade costuma ser maior. “Geralmente sobra, a gente precisa colocar em uma caixa e deixar na rua para ver se as pessoas pegam”.

Além de tentar doar, ele explica que todo mundo torce para que o desperdício não seja causado por chuvas ou ventanias. “Se acontece isso, a gente perde bastante, mas ainda assim tentamos recuperar as que caem no chão. A gente já é tão acostumado que a vara já fica aqui do lado”.

Quintal de Aroldo já teve quatro pés de manga, mas foi reduzindo com o tempo. (Foto: Aletheya Alves)
Quintal de Aroldo já teve quatro pés de manga, mas foi reduzindo com o tempo. (Foto: Aletheya Alves)
Família explica que sempre sobram frutas, então doação é frequente. (Foto: Aletheya Alves)
Família explica que sempre sobram frutas, então doação é frequente. (Foto: Aletheya Alves)

Morando na Rua dos Ferroviários há mais de 30 anos, o Aroldo Gonçalves conta que já teve cerca de quatro pés de manga no quintal de casa. Hoje, as árvores reduziram pela metade justamente porque a família e a vizinhança não conseguia aproveitar todas as frutas.

Mesmo com a redução, o aposentado comenta que ainda há muito desperdício. “Acho que como aqui no bairro tem bastante casa com manga, o pessoal não pede muito. A gente tenta dar para a família, comemos, mas ainda sobra bastante”.

Por isso, Aroldo garante que quem pedir pela fruta não irá receber resposta negativa. “Pode vir mesmo, é só bater e pedir que a gente dá. Antes eu até colocava os sacos com manga na frente de casa, mas mesmo assim é difícil”, detalha.

No Jóquei Clube, mangas se espalham pela casa de Élio. (Foto: Aletheya Alves)
No Jóquei Clube, mangas se espalham pela casa de Élio. (Foto: Aletheya Alves)
Por lá, quase todas as frutas já caíram ou foram retiradas. (Foto: Aletheya Alves)
Por lá, quase todas as frutas já caíram ou foram retiradas. (Foto: Aletheya Alves)

Por gostar da fruta, o aposentado explica que não pensa em cortar as árvores e diz que nem a sujeira faz com que ele tenha vontade de se desfazer das mangueiras. “Eu vou limpando, a gente come bastante manga e no fim ninguém enjoa”.

Também com a região repleta de frutas, o vigilante Elio Campos, de 59 anos, mora no Jóquei Clube e diz que por ali os pedidos vêm diminuindo a cada ano. “A gente acha estranho porque várias vezes deixamos na frente de casa e nem assim os vizinhos pegam. Chega a estragar mesmo”.

Com tanta fruta sobrando, ele explica que o jeito tem sido oferecer para familiares e sair oferecendo pelas casas próximas. “Além de ter aqui em casa, também tem no entorno dos bairros. Tem em terreno baldio, então o pessoal que gosta pode procurar que vai encontrar mesmo”.

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