Quindim encontrado nas origens da família trouxe paz a psicóloga

Apaixonada por doces, Maria Eduarda Amaral não imaginava que iria encontrar sua paz justamente neles. Após se formar em Psicologia, a profissional se viu adoecendo cada vez mais e foi nos quindins, tão queridos pela família, que investiu para abandonar todo o resto e criar uma loja com o nome do quitute.

Enquanto ainda cursava a graduação, a produção de doces já havia começado, mas apenas como um meio de obter renda extra. “Eu fazia doces para a família, sem cobrar nada, só como lembranças e tal. Até que minha mãe me deu a ideia de vender”, explica a doceira.

Com o passar do tempo, Maria explica que entrou em um estágio e foi efetivada, mas o caminho deixou de ser positivo. “Fui ficando cada vez mais mal, precisando fazer tratamento e vi que era nova demais para estar assim. Como nunca parei de fazer os doces, decidi investir realmente neles e meu esposo me apoiou até tudo se encaminhar”.

Até então, as vendas eram apenas por delivery, mas recentemente o novo caminho migrou para o atendimento presencial. “Além do quindim, faço outros tipos de doces também, servimos café, queremos que as pessoas se sintam bem, em paz”.

Retornando à história do quindim, por ser de família gaúcha, Maria conta que cresceu em meio ao doce, enquanto para muitos campo-grandenses o sabor não é tão comum. “Lá no Rio Grande do Sul tem em todo canto e aqui é bem mais difícil de encontrar um realmente bom. Quando comecei a fazer doces em geral, lembro que pensei que o quindim iria ser meu carro-chefe, já que tinha essa relação com as origens da minha família”.

O problema é que apesar de todos os parentes serem apaixonados por ele, ninguém realmente tinha uma receita a ser repassada. Por isso, ela detalha que o jeito de aprender foi na base da tentativa e muitos erros.

“Fiz uma longa pesquisa de receitas e fui testando, mas confesso que o investimento inicial foi pesado até conseguir dar certo. É um doce muito complicado de fazer por ser com ovos, então foi muito erro. Depois, consegui adaptar uma receita própria, fiz curso na área e não parei mais”, diz Maria.

Com a loja inaugurada no último sábado (18), a migração para o espaço físico ainda é recente, conforme a proprietária explica. “Ainda estamos adaptando algumas coisas, queremos fazer outras, mas é um sonho. Desde quando comecei a fazer os doces já sabia que um dia teria a loja física, isso porque queria chegar ao nível de unir minhas duas profissões”.

Por seguir gostando da área de recursos humanos e Psicologia, Maria detalha que seu desejo é ampliar a doceria em um nível que seja possível fazer contratações. “Quero fazer meu processo seletivo, criar uma equipe e colocar em prática o que sei. Continuo gostando da área, então sei que esse é realmente um bom projeto”, comenta.

Para conhecer mais sobre a loja e os doces de Maria, a loja do Santo Quindim fica localizada na Avenida Tamandaré, 3204. De segunda a sexta-feira, o espaço funciona entre 10h30min e 19h, aos sábados das 9h30min às 17h e domingos entre 9h30min e 13h.

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