Sorveteria que começou com portinha mantém receita há 42 anos
Na Rua Barão do Rio Branco, família começou a vender casquinha e inovou com sabores de milho e mamão
O sonho da sorveteria começou com uma máquina na Antiga Rodoviária de Campo Grande no Bairro Amambai. Em 1981, Pedro Jorge Roese vendia o sorvete que no ano seguinte ganhou endereço numa portinha na Rua Barão do Rio Branco. Após 41 anos, a Pedaggio Sorvetes segue firme e forte recebendo clientes a partir das 7h.
Filho de Pedro, Paulo César Roese, de 58 anos, comanda o negócio da família com o apoio do sócio Manoel Mendes de Souza. Paulo é quem conta a história do lugar que inovou trazendo sabores como milho verde e mamão papaya que fugiam dos clássicos chocolate e baunilha.
Ele relata que o pai veio de São Paulo e deu o bem de maior valor para começar a trabalhar com a venda de casquinhas. “Meu pai chegou em Campo Grande com vontade de trabalhar com sorvete. Em São Paulo as máquinas eram caras, ele chegou aqui com uma caminhonete usada e freezer. Ele teve a ousadia de dar o carro como entrada”, diz.
Além da ousadia, ele garante que o pai foi persistente na hora de conseguir um ponto no Centro de Campo Grande. “Meu pai começou a trabalhar com a máquina de sorvete na rodoviária em 1981. Em abril de 1982 conseguiu o ponto. Ele conseguiu por uma gentileza do doutor Ivan Paes Barbosa que cedeu o espaço. Era muito difícil conseguir e o Ivan alugou por muita insistência do meu pai. Ele era bem persistente em algumas coisas”, afirma.
Na época, a sorveteria não tinha recebido o nome que surgiu através da brincadeira feita por um dos clientes. “Quem batizou com esse nome foi um cliente que um dia falou pro meu pai: ‘Nossa isso aqui parece um pedágio, todo mundo tem que parar pra tomar um sorvete”, conta.
A freguesia fez a sorveteria ficar popular na região e máquina após máquina a família foi expandindo. Com o maquinário, Paulo relata que foi possível trazer opções diferentes de sorvetes para o público. “Conforme fomos colocando várias máquinas criamos esse diferencial de milho verde, mamão papaya. Hoje temos até sabor açaí”, destaca.
Enquanto ajudava o pai no Centro, a mãe, Delva Roese, seguia trabalhando no endereço da rodoviária. Posteriormente, a família abriu uma sorveteria na Avenida Mato Grosso próximo a um colégio particular. “Ficamos no Colégio Dom Bosco muitos anos, deve ter sido em 1983. Quem cuidava do negócio era o Manoel. Ele trabalhou conosco como funcionário durante 25 anos e hoje ele é nosso sócio”, declara.
Manoel é quem fica à frente da sorveteria na Rua Barão do Rio Branco. No lugar, Paulo conta que o sócio abre cedo a loja. “7h30 ele começa a vender sorvete. Alguns campo-grandenses substituem o café da manhã pela casquinha”, ri.
Seguindo a mesma receita há 42 anos, a Pedaggio Sorvetes está localizada na Rua Barão do Rio Branco, 1067, Centro. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 7h às 18h30.
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