Com desvalorização de 50% nos preços, algodão encerra colheita em MS
Estado plantou pouco mais de 29 mil hectares, distribuídas por 9 municípios. Costa Rica tem a maior área
A colheita do algodão está praticamente finalizada em Mato Grosso do Sul. Neste ciclo 2022-2023 o Estado plantou 29,6 mil hectares. No ciclo passado (2021-22) o MS registrou 26.140 hectares com algodão. O crescimento de uma safra para a outra é de 13,3%.
O cultivo do algodão está concentrado em 9 municípios de Mato Grosso do Sul: Costa Rica, Chapadão do Sul, Campo Grande, Nova Andradina, Paraíso das Águas, Alcinópolis, Maracaju, Aral Moreira e Bandeirantes.
O município de Costa Rica é tradicional produtor de algodão, respondendo por 50% de toda a área plantada no Estado. Quem passa pela rodovia, às margens das grandes áreas cultivadas, se surpreende com a quantidade de fardos depositados à céu aberto. Veja vídeo nesta matéria.
O diretor-executivo da Ampasul (Associação dos Produtores de Algodão de Mato Grosso do Sul), Adão Hoffmann, explica que os fardos são protegidos por lonas durante o processo da colheita, por isso podem ficar armazenados a céu aberto aguardando o transporte até os centros consumidores.
Algodão em baixa
Segundo Hoffmann, este ano o algodão, a exemplo de outros produtos agropecuários, sofreu grande pressão baixista nos preços. "Desaceleração econômica no Brasil, diminuição do consumo e compras pela China, além da competição com as fibras sintéticas", aponta o executivo como motivos para a queda.
A associação ainda está finalizando o levantamento da safra, mas adianta que o Estado registrou "produtividade e produção boas". Quando iniciou a colheita este ano, em maio, de acordo com informações da equipe técnica da Ampasul (Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão), a expectativa era de uma produtividade de 305@/ha.