Conab faz levantamento presencial da safra em MS e mais 13 estados
Em Mato Grosso do Sul, estimativas da Aprosoja-MS apontam queda de 19% na produtividade do milho 2ª safra
Técnicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizam pesquisa de campo para levantar informações que irão compor o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24. O trabalho segue até este sábado, 27, e contempla todos os estados da federação, de maneira presencial e remota. O Boletim, contendo os dados coletados, será divulgado pela estatal no dia 8 de fevereiro.
Além de Mato Grosso do Sul, os técnicos da Companhia farão visitas presenciais a lavouras situadas nos estados de São Paulo, Maranhão, Pernambuco, Pará, Bahia, Rio Grande do Sul, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Alagoas, Piauí e Paraná, monitorando as culturas em campo, entre elas a soja e o feijão, que avançam na colheita, mas possuem lavouras em diversas fases, e também aquelas que tiveram o início da semeadura ou serão semeadas em breve, como o milho 2ª safra.
Nos demais estados a pesquisa será realizada de maneira remota, e busca trazer um panorama atual do ciclo 2023/24 da safra de grãos.
Monitoramento agrícola
De acordo com o Boletim de Monitoramento Agrícola dos Cultivos de Verão da Safra 2023-2024, elaborado pela Conab e publicado nesta quinta-feira, 25, a colheita da soja em Mato Grosso do Sul está sendo realizada, com os primeiros talhões apresentando produtividades mais baixas em razão do déficit hídrico. Observa-se encurtamento do ciclo, com as lavouras em fases reprodutivas, afirma o boletim.
De acordo com 4º levantamento, divulgado no dia 10 deste mês, a produção brasileira está estimada em 306,4 milhões de toneladas. A produção de Mato Grosso do Sul está estimada em 25,7 milhões de toneladas de grãos, 8,3% menor que no ciclo anterior (2022-2023).
Milho 2ª safra em MS
A produção de milho na segunda safra deve apresentar redução de 14%, em Mato Grosso do Sul. A estimativa da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS) divulgada na terça-feira, 24, aponta para um total de 11,485 milhões toneladas; 2,218 milhões de hectares, queda de 6% e 86,3 sacas por hectares, retração de 19,23% em relação à safra anterior.
O presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, explica que “com um possível atraso na finalização do ciclo da soja, poderá ocorrer uma redução na janela de plantio do milho. Apesar disso, a orientação técnica é de que o produtor evite plantios tardios, com o intuito de mitigar perdas de produtividade por fatores relacionados ao clima e à incidência de pragas, como a cigarrinha”.
De acordo com o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático), do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), o período de plantio do cereal se estende até o dia 31 de março. Em Mato Grosso do Sul, com base no histórico de condições ambientais, o departamento técnico da Aprosoja/MS salienta que a melhor janela para o plantio se concentra entre os dias 13 de janeiro e 10 de março, período de implantação de aproximadamente 70% das áreas.