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Lado Rural

Evento em Chapadão do Sul vai debater custos de produção de cana e dos grãos

Foco é a queda da produtividade da soja, do milho e da cana-de-açúcar causada pela estiagem

Por José Roberto dos Santos | 23/08/2024 16:20
Produtor manipula grãos de soja durante colheita; problemas com clima derrubaram produtividade geral de grãos em MS. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)
Produtor manipula grãos de soja durante colheita; problemas com clima derrubaram produtividade geral de grãos em MS. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)

A cidade de Chapadão do Sul (MS), distante 329 quilômetros da capital Campo Grande, vai receber no dia 31 de agosto o “Circuito de Resultados do Projeto Campo Futuro” para debater os custos de produção da cana-de-açúcar e de grãos da região Centro-Oeste.

O evento é realizado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), em parceria com a Famasul, o Senar/MS e o Sindicato Rural de Chapadão do Sul. Também tem o apoio da Aprosoja-MS, da Fundação Chapadão e da Ampasul (Associação Sul-mato-grossense do Produtores de Algodão).

A programação do encontro conta com palestras sobre os resultados da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS, cenário de custos de produção de cana e grãos e melhorias no processo gerencial, a conjuntura e perspectivas para o mercado sucroenergético e o mercado de grãos e compra estratégica de insumos.

As palestras serão conduzidas pela analista de custos do Pecege Consultoria e Projetos, Ana Carolina França, pelo pesquisador do Cepea/Esalq-USP, Mauro Osaki, o analista de Mercado do Pecege, Raphael Delloiagono, e o diretor-geral da AgResource Brasil, Raphael Mandarino.

Além disso, terá uma mesa redonda sobre desafios e oportunidades em gestão de custos, com a participação do presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, André Dobashi, do presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA, Nelson Perez, e do coordenador de Campo do Siga/MS, Dany Corrêa.

A assessora técnica da CNA, Larissa Mouro, informou que os debates vão abordar temas de grande relevância para a cadeia de grãos, como a queda de 17% na produtividade da safra de soja verão 2023/24, causada pelo período de estiagem durante o desenvolvimento da lavoura e pelas chuvas no momento da colheita.

“Também discutiremos os desafios enfrentados na comercialização do milho. Os preços pouco atrativos levaram os produtores a adotar uma postura cautelosa, resultando na negociação antecipada de apenas 20% do cereal, enquanto o restante foi armazenado à espera de uma recuperação nos preços”, disse Larissa.

Para a safra 2024/25 de cana-de-açúcar, o destaque são os elevados custos de produção, que estão superando R$135,00 por tonelada produzida. Com os preços recebidos, a atividade tem apresentado margens negativas.

Máquina opera na colheita da cana em usina brasileira; estiagem afetou produtivdade no Centro-Sul.(Foto: Arquivo/CNA)
Máquina opera na colheita da cana em usina brasileira; estiagem afetou produtivdade no Centro-Sul.(Foto: Arquivo/CNA)

Seca afeta produtividade da cana

Embora a safra de cana 2024/25 no Centro-Sul venha se mostrando similar em produtividade quando comparada a 2023/2024, a falta de chuvas preocupa produtores em diversas regiões. A produtividade dos canaviais colhidos no mês de junho no Centro-Sul (89,9 t/ha) foi 1,5% inferior à registrada na safra passada (91,2 t/ha).

No acumulado da safra (abril a junho), a produtividade também se mantém próxima à observada no ciclo anterior, com variação de aproximadamente -2,5% (89,7 t/ha nesta safra, contra 92 t/ha em 2023/24).

É o que mostram os dados do Boletim de Olho na Safra, divulgados hoje pelo CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). Segundo o boletim, os canaviais que serão colhidos em ciclo médio/tardio deverão sofrer um maior impacto devido ao elevado deficit hídrico acumulado.

Já a qualidade da matéria prima (ATR) colhida no mês de junho foi superior em praticamente todas as regiões, com exceção das regiões de Assis e dos estados Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

No acumulado dos três meses de safra, o resultado é bastante similar – aumento da qualidade da matéria-prima em praticamente todos os Estados (125,0 kg/tc em 2023/24 para 125,7 kg/tc nesta safra), condição esperada visto que o clima mais seco propicia o acúmulo de sacarose pela cultura.

Confira a Programação
07:30 - Credenciamento e Abertura
08:15 - Ateg Grãos do Senar MS
08:55 - Custos de Cana-de-Açúcar – Campo Futuro (Pecege)
09:15 - Custos de Grãos – Campo Futuro (Cepea)
09:40 - Debate (CNA/Aprosoja/Cepea/Pecege)
10:15 - Mercado sucroenergético(Pecege)
10:35 - Mercado de grãos e insumos (AgResource)
11:00 - Encerramento

Informações: Sindicato Rural de Chapadão do Sul - (67) 3562-1443

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