Faturamento da agropecuária de MS deve fechar 2024 com R$ 70,02 bilhões
Enquanto a agricultura cai 23,2% em relação a 2023, a pecuária faturou R$ 24,16 bi e cresceu 4,9%
O VBP (Valor Bruto da Produção) de Mato Grosso do Sul estimado para 2024 é de R$ 70,02 bilhões, puxado, principalmente, pela agricultura (R$ 45,86 bilhões). O valor da agricultura apresenta uma queda de 23,2% em relação ao ano passado, quando foram registrados R$ 59,73 bilhões. Para a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), a redução se deve aos fatores climáticos que influenciaram em prejuízos nas lavouras.
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O Valor Bruto da Produção (VBP) de Mato Grosso do Sul para 2024 está estimado em R$ 70,02 bilhões, com a agricultura contribuindo com R$ 45,86 bilhões, refletindo uma queda de 23,2% em relação ao ano anterior, devido a fatores climáticos que afetaram a produção, especialmente da soja. Em contrapartida, a pecuária apresenta um crescimento de 4,9%, alcançando R$ 24,16 bilhões, impulsionada por ganhos na produção que compensaram a desvalorização dos preços. O setor agropecuário demonstra resiliência, com a arroba do boi gordo se recuperando no último trimestre do ano, apesar das pressões do mercado.
Só as lavouras de soja – o principal grão produzido no Estado – deixaram de faturar sobre 2,7 milhões de toneladas perdidas com a queda de produtividade de 2023 para 2024. O ciclo 2022-2023 rendeu 15 milhões de toneladas, enquanto no ciclo 2023-2024 a produção foi de 12,3 milhões de toneladas, uma redução de 17,7%.
Pecuária salva a lavoura
Em contrapartida, na pecuária, o VBP apresenta um aumento de 4,9% em relação a 2023, com uma projeção de R$ 24,16 bilhões para este ano frente a R$ 23 bilhões em 2023.
“O desempenho positivo da pecuária em 2024 é resultado do ganho na produção que compensou a desvalorização nos preços. O setor encerra 2024 com bons resultados, apontando avanços em produção, exportações e consolidação de mercados, sendo mais uma evidência da resiliência do setor. O levantamento é feito pelo departamento técnico da Famasul, e reflete a importância estratégica do agro para a economia regional e nacional”, afirma o presidente da federação, Marcelo Bertoni.
A arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul andou de lado até a virada do primeiro para o segundo semestre, puxada pela superoferta de gado pronto para o abate, chegando a ficar abaixo da casa dos R$ 200,00. Neste último trimestre reagiu, bateu a casa dos R$ 300,00 e deve permanecer assim até o fim do ano, apesar da pressão da indústria e dos importadores, principalmente a China.