Intempéries climáticas frustram expectativas de safra recorde do milho em MS
Mesmo com aumento na área plantada, colheita não deve ultrapassar 6,285 milhões de toneladas
A safra do milho 2020/2021, em Mato Grosso do Sul, não deve atingir o recorde projetado para o ano. De acordo com a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), era esperado um volume superior a 9 milhões de toneladas, o que representa 5,7% a mais em relação à safra do ano passado.
Mesmo com aumento de 2,003 milhões de hectares na área plantada, a estimativa foi recalculada para 6,285 milhões de toneladas. A estiagem na fase de desenvolvimento das plantas, em seguida, chuvas de granizo e uma forte geada no momento em que as espigas começavam a granar, derrubaram a previsão inicial de produtividade.
Apesar da frustração, até o fim da semana passada, a colheita do grão avançou 4,1% nas lavouras de Mato Grosso do Sul. Como as espigas estão maduras, as geadas previstas para os próximos dias não devem afetar a produtividade.
De acordo com o boletim Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), coordenado pela Semagro, cerca de 56,60% da colheita estão vendidos, porém, devido as intempéries climáticas, as lavouras não vão entregar o volume estimado e, em alguns casos, será necessário renegociar os contratos.
A diminuição na colheita do grão será em toda cadeia econômica que usa o milho e seus derivados, como granjas de suínos e aves, que precisam trazer o produto de fora para suprir a falta no mercado interno. No auge da safra do ano passado, a saca de 60 quilos do milho estava cotada em média a R$ 27,00. Nesse ano, já ultrapassa R$ 88,00.